- Bom. Eu estava a fim de melhorar o Daitoppa. Mas vai ser assim né, faço o Daitoppa, corro para o dojo. Crio coragem, vou pra fora, faço o Daitoppa de novo e corro para o dojo.
E ria, imaginando a cena acontecendo rapidamente.
-x-
Akemi terminava de se arrumar e estava saindo com Yukio para o dojo, quando ele lhe disse que ela cuidava bem de flores.
A menina olhava para onde ele apontava e ficava um pouco vermelha de vergonha. Era verdade que estava cuidando muito bem da flor que ele havia dado a ela.
- O-obrigada.
Disse gaguejando um pouco, esperando ele virar-se pra poder sair do quarto. Não queria que ele visse ela corada.
Logo voltou a cor normal e os dois saíram andando para o dojo.
-x-
Akemi abria a porta do dojo. Ele era naturalmente frio, mas naquele dia estava um pouco mais que o normal. A menina sentou-se perto dos bonecos de madeira, que estavam no mesmo lugar que Yukio havia deixado.
Cruzando as pernas, ela tirava um pequeno grupo de kikais do corpo, e eles ficaram rodando em volta de seu corpo, logo pairando sobre sua cabeça. Fechava os olhos e começava a meditar.
Ela adorava fazer isso. Desde pequena foi ensinada a isso pelo seu pai. Logo começava a fazer seu chakra fluir melhor.
- Yukio... Sabe, uma vez meu pai disse que se eu treinar bastante com os kikais, eu conseguia fazer com que eles sejam algo como guias para mim. Como meus olhos. E mesmo com meus olhos fechados, eles falariam para mim o que estaria acontecendo em volta... É tão legal, né?
Ela sorria, ainda de olhos fechados. Os kikais falavam o que Yukio tava fazendo e Akemi conseguia montar isso na mente dela. Logo ficou pensando.
“E se eu virar rastreadora? É algo legal, e, logo eu que não gosto de lutas. Bem, na verdade eu evito lutas... Mas, uma rastreadora tem tudo a ver comigo... Será que é isso que combina comigo?”
Os kikais se agitavam no corpo da menina, que deixava esse pensamento de lado e voltava a se concentrar. Agora fazia com que seu chakra fuuton fluísse melhor.
-x-
Akemi ficou uns 20 minutos meditando. Os kikais que estavam fora do corpo dela nesse tempo ficaram dando informações sobre o que Yukio estava fazendo. Claro que as informações eram escassas e Akemi se esforçava para decodificar o que eles falavam. Mas já era um bom começo.
Passado um tempo, a menina se levantou e saiu em direção à janelona que dava para o quintal. Abria lentamente, para não sentir todo o ar frio de lá de fora entrar com tudo. Quando estava num tanto bom em que Akemi poderia ficar na porta, ela passou pro lado de fora, para fazer o jutsu.
A menina concentrou chakra fuuton no pulmão e inspirou. O ar e o chakra misturavam-se rapidamente, como se fossem massas batidas por uma batedeira. E, mesmo depois que os seus pulmões se encheram de ar, o chakra continuava a misturar-se com ele.
Akemi esperou dar aquela sensação de falta de ar para então expelir o ar.
“Será que vai ser sempre assim? Vai demorar tanto a execução desse jutsu?”
A execução demorava cerca de uns 15 segundos, mas isso era demorado na cabeça dela. Queria que isso fosse mais rápido. Em uma luta, 15 segundos faz muita diferença.
Então sentiu falta de ar. Akemi expeliu o ar com força, e um tufão forte se formou, carregando consigo poeira, folhas e flores caídas na grama. As plantas pressas pendiam na direção que o vento soprava. Logo que o tufão passou, tudo voltava ao normal, e as folhas caíam à grama, mais ao longe.
Akemi olhava para a grama. Era como se um aspirador enorme tivesse passado por ali. Aonde o jutsu tocava com força estava limpo, sem folhas secas, sem plantas caídas. Apenas a grama verdinha.
- Então eu estou realmente conseguindo aumentar a potência... Isso é tão bom!
Akemi entrava para o dojo, tremendo um pouco de frio. Seu rosto estava gelado.
Sentava-se, agora, perto da janelona, e esfregava as mãos, esquentando-as, logo colocando no rosto. Repetia isso algumas vezes e ficava olhando Yukio treinar, enquanto descansava.