- Sim, Yukio. E você deve saber dominá-lo para isso.
Shin começava a meditar quando Yukio ia se preparar para tentar realizar a técnica.
-x-
Akemi parava de meditar e então começava a concentrar chakra nos seus pés. Inicialmente tentava moldá-lo para ficar na sola toda de seu pé e, ao mesmo tempo, ter um fluxo bom, para assim não oscilar. Akemi conseguia isso com “sucesso” pela sua facilidade com o chakra. Depois ela encostava o pé na superfície da parede, fazendo exatamente como o pai dela dissera – emanando-o para a parede.
Ao fazer isso, Akemi tem uma leve surpresa – realmente sentia um repuxo, como se o chakra estivesse cravejado na parede. Akemi fica puxando o pé para ver o quão preso ele estava na parede, e, no primeiro momento ele se desprendia facilmente.
“Hm... Não era pra acontecer isso.”
Akemi novamente concentra-se no seu chakra presente no seu pé, e começou novamente a emanar, agora um pouco mais forte, para a parede. Tentava novamente desprender o pé do lugar e via que não saia. Tentava mais e mais vezes até perceber que estava bem preso. Akemi dissipava o chakra e então fazia o que estava fazendo novamente, para poder gravar bem a quantidade de chakra usada e a quantidade emanada para a parede (ainda mantendo o fluxo igualitário).
E dava novamente certo. Mas agora tinha um problema – como desgrudar o pé da parede sem dissipar o chakra por completo. Porque, primeiro- dissipar o chakra completamente nessa técnica seria gastar uma enorme quantidade de chakra pra poder só andar na parede – e não era isso que o kinobiri tinha como objetivo.
- Pai. E como faz pra poder desgrudar o pé da parede?
- Então você já dominou a técnica de manter o pé grudado?
- Sim...
- É só parar de emanar o chakra... Apenas deixe-o fluir no seu pé.
Akemi agradeceu a dica e começou a fazer isso. E via que tinha dado certo. Apesar de que na primeira tentativa de fazer o chakra parar de emanar, Akemi quase fez o extinguir. Mas depois de duas tentativas mais ela havia conseguido com sucesso.
Agora estava na hora de tentar efetivamente.
-x-
Akemi deu uma distancia da parede. Concentrou chakra nos pés – a mesma quantidade nos dois pés, deixando-os fluir da mesma maneira. Ali mesmo, com o pé no chão, começou a emanar e “des-emanar”. Fazia isso alternadamente. Emanava, inicialmente nos dois pés, depois desemanava em um pé, logo emanando dele e desemanando do outro (confuso né?). Logo depois de sincronizar-se, Akemi respirou fundo e correu na direção da parede, logo, começando a correr nela.
Inicialmente estava indo bem, já que estava se concentrando muito para a sincronização total do uso do chakra na técnica. Mas depois de uns 2 metros, sentiu-se caindo. Antes de cair, dava uma cambalhota para trás, pousando ajoelhada no chão.
Olhava para seu pai, e ele fazia um pequeno movimento na cabeça que Akemi entendia por ser “continue tentando”. E foi isso que fez.
-x-
Depois de uma breve pausa olhando pra Yukio e sorrindo para ele quando ele olhava pra menina, Akemi voltava a se concentrar no kinobiri.
Concentrava novamente chakra nos pés, tomando o enorme cuidado de fazer exatamente como antes. Assim que sentia-se pronta para correr pra parede, assim fazia.
Corria, e logo estava correndo pela parede. Sentia seu pé grudando feito velcro na parede e descolando quando queria dar outro passo. Era legal para ela fazer isso. Akemi havia imaginado na sua breve pausa em como a moldagem do chakra diferia nas coisas que fazia, e que, sabendo moldar seu chakra e dominá-lo muito bem, poderia fazer o que quisesse.
Corria por quase dois metros novamente antes de sentir seu pé desgrudando e escorregando da parede. Novamente dava uma cambalhota para trás, caindo ajoelhada no chão. Dessa vez sentia o cansaço bater mais pesado que antes.
-x-
Sentava-se de pernas cruzadas, e fechava os olhos meditando um pouco. Seu chakra havia abaixado um pouco. Mas sentia que ainda tinha forças pra fazer mais uma vez. Ficou por um tempo meditando, e escutava as vezes Yukio nas tentativas dele. Abria os olhos e via seu pai, numa pose de meditação. Parecia que ele também estava melhorando sua “empatia” com o próprio chakra. Akemi se levanta, espreguiça-se para alongar as costas e começa a concentrar-se novamente no kinobiri.
Então começava a correr na direção da parede, se preparando na alternância de emanar o chakra para a parede e recuar também, tentando sincronizar tudo direitinho. Novamente correndo mais ou menos 2m antes de sentir seu pé escorregando lentamente. Dessa vez, a sensação de desprendimento da parede era menor. Porém, ainda dava uma sensação enorme de que iria despencar dali. Acabava dando outro mortal para trás e caindo ajoelhada novamente.
Olhava para seu pai, que atualmente estava olhando para os dois gennins. Desde quando tinha parado de meditar? Akemi andou até seu pai e sentou-se perto dele de pernas cruzadas, e de frente para ele. Logo quem se aproximou foi Yukio.