Sensei “Aoki” Ikusa
Acordava de manhã com o Sora batendo na porta de seu quarto. Levantava espreguiçando, ouvindo seu irmão chamando-a para tomar café da manhã. Harumi se apressou em ir lavar o rosto e desceu, percebendo q o lanche q fizera antes de dormir parecia ter sido feito a muito tempo atrás.
Fez o desjejum demoradamente. Era estranho estar comendo naquele lugar. Tão diferente, mas tão familiar ao mesmo tempo. Agora Harumi notava várias fotografias espalhadas pela casa. De Sora, dela, de seus pais, de seus avós. Mas era como se a memória deles sempre estiveram ali. Então, logo depois de se arrumar e tudo mais, seu pai batia na porta de seu quarto.
- Vamos Harumi, não precisa pegar nada. Vamos começar seu treinamento. Mas antes, quero conhecer o lugar aonde você costumava treinar.
Harumi espantou-se. Seu pai? Treinamento? Indagou ele sobre essa atitude, já que o pouco que treinavam era pra ela não perder totalmente a forma. Ele apenas cruzou os braços.
- Foram ordens do próprio Hokage para que você voltasse a estar em forma. Eu posso te ajudar nisso. Seu avô Aoki era um ótimo sensei, não devo ser tão bom quanto ele, mas ainda sim posso te ajudar.
Com um sinal positivo com a cabeça, Harumi calçou as sandálias, e saiu de casa, com o pai.
Into the wood
O bom de o campo de treino que tinha escolhido ser perto do bairro aburame era que dava para cortar caminho pela mata, que agora era do lado de casa. Adentrou por uma trilha que já muito bem conhecia, porém a muito tempo n visitava, e foi andando, com o pai atrás. Logo entraram numa clareira grande, bem escondida, e Harumi notou que estava exatamente do jeito que se lembrava, a mais de um ano atrás.
- Esse lado é bem pouco explorado. Achei por acaso. Fica entre a mata aburame e a floresta de Konoha. E aquela cratera ali no meio, foi de um treino meu com Víc-sensei. Sempre pensei em encher de água, um pequeno lago no meio do meu campo, mas... – ela dá uma pausa. Será q seria sensato dizer ao pai que não fez até aquele momento por preguiça?
- Tudo bem, algum dia faremos isso, mas hoje, a situação vai ser um pouco diferente.
Ikusa saiu andando até o grande carvalho do campo e sentou-se a sua sombra. Harumi achou interessante ele escolher a árvore que ela sempre escolhe para sentar-se. De pernas cruzadas, olhos fechados e aparência, bem... ameaçadora, vários kikais, muitos kikais, saíram do corpo de Ikusa, formando uma espécie de bunshin, só que não um clone perfeito – tinha o jeito humanoide, mas era uma massa preta de kikais.
E de repente outro, e mais outro. Um total de 4 clones pretos de kikais, um ao lado do outro, mais ou menos do tamanho da Harumi. Por um momento, a menina ficou olhando-os, completamente atordoada por descobrir, e ver, os kikais do pai. Até que seu pai disse, ainda de olhos fechados.
- O que está esperando? Fuja deles! Cada vez que algum deles te pegarem, você vai ter que pagar 100 flexões.
Dito isso, Harumi tomou fôlego e começou a correr dos homens-kikais.
Obstáculos
Conhecer bem aquele campo de treino e sua mediações não era suficiente para fugir dos kikais. Eles sentem o cheiro de chakra. Eles farejam chakra. E deve ser muito mais fácil farejar o chakra da Harumi, pela convivência com ela. A menina se repreendeu, por nunca ter pensado que o pai possuía kikais, e ela nunca tinha visto. Por várias vezes, quase foi capturada. Nessas horas, dar umas desviadas por atalhos que ela conhecia, era a melhor maneira. Corria em círculos pelo campo, entre as árvores, as vezes fugindo para a clareira. Depois de 30 minutos correndo sem pausa, seu ritmo começou a falhar.
“Não estou em tão boa forma quanto pensava estar...”
Pensando ter despistado por um momento os kikais, a garota encostou numa árvore para recuperar o fôlego, a muito perdido. E foi fechar os olhos q sentiu vários pezinhos fecharem em algo q parecia uma algema, no seu pulso. Abriu os olhos, um pouco espantada. Já devia ter esperado isso. Saiu andando com o clone a levando pelo braço, até o pai.
Ikusa ainda estava naquela posição de meditação e de olhos fechados. Deu meio sorriso quando aproximavam-se. Assim que ficou de frente ao pai, o clone se desfez e os kikais voltaram ao corpo dele.
- Muito bom, minha pequena. Mas meia hora? Acho que você era capaz de correr por muito mais.
Harumi não falava nada. Sua respiração ainda estava fora de compasso, e ela tentava normalizá-la, antes que seu pai a mandasse voltar a correr. Quanto aos outros clones? Harumi não via nem sinal deles. Ela podia pedir pros kikais ajudarem a localizá-los? Sim, mas achava que esse não era o intuito do treino, então deixava apenas seus kikais descansando em seu corpo cansado.
- Vai.
Ikusa disse num tom baixo e calmo, e Harumi no mesmo instante voltou a correr. Adentrou a floresta, procurando os clores. Assim q via um vulto, uma massa preta, correndo na direção da garota, ela corria para o outro lado, fugindo daqueles “inimigos” sem rosto. Por vezes, tinha q fugir de dois ao mesmo tempo, o que era muito mais complicado do que achava que era. Normalmente, em missões, Harumi não fugia de perseguidores – ela normalmente perseguia.
Agora estava na pele de fugitiva. E isso era bem confuso e cansativo, que por um momento ela começou a sentir pena daqueles que o time dela perseguiu. Não tardou muito para ser pega de novo. Demorou um pouco mais que a primeira captura, o que fez Harumi sentir-se um pouco vitoriosa.
Voltou a se apresentar à frente de seu pai, e ajoelhou-se, com os músculos doendo, a respiração já bem pesada, o cabelo desgrenhado, um pouco suja de terra e alguns cortes na bochecha pelo atrito de galhos de árvore a sua pele.
Enquanto isso, Ikusa parecia imóvel, igual desde o momento em que sentara ali. Ele deu um leve resmungo e os kikais daquele outro clone voltaram para o corpo dela. E esperou pacientemente Harumi recuperar o fôlego.
- Agora restam dois clones, e você já vai ter pagar 200 flexões. Porém, te darei agora apenas mais 10 minutos de fuga. Se algum de meus dois clones te pegarem nesses 10 minutos, as flexões vão dobrar. Quando acabar o tempo, você vai saber.
Com um “hai” de resposta, Harumi voltou a correr por entre as árvores. A perseguição foi muito, mas muito mais acirrada do que antes. Os clones não a perdiam de vista. Pareciam que antes eles estavam limitados, e agora, se capturassem elas, ganhariam chakra extra de jantar. Harumi teve que dar vários “pulos” para sair das patinhas dos homens-kikais do pai, e ter que auto-incentivar várias vezes para não ser deixada capiturar. O cansaço que sentia era tão grande, que tratava uma luta interna. Mas 400 flexões? Era algo demais para ela. Mas o fim estava próximo.
E quando Harumi mais esperava descobrir que tinha acabado o tempo, o mais inesperado –para ela- aconteceu. Ao olhar para tras, viu apenas um homem-kikais. Perguntou-se aonde estaria o outro, quando deu de cara com um, atravessando ele por não ter conseguido parar a tempo. Não sabia quem havia capturado quem, mas sabia que ao final disso, 400 flexões a aguardava. Harumi parou, exausta, e começou a caminhar pesadamente em direção ao carvalho, com kikais ainda espalhado pelo seu blusão.
Ao chegar no carvalho, seu pai já estava em pé. Os kikais mal apareceram de volta a clareira e já foram para o corpo de Ikusa. Ele acenou com a cabeça para Harumi, que acenou de volta, e ambos foram caminhando, em silêncio para a casa. Harumi preferiu não tocar no assunto das flexões. Talvez assim, amenizasse o “castigo”.
Descanso?
Chegou em casa, e tomou um banho gelado e bem demorado. Hana espantou-se com a aparência derrotada de Harumi, e não deu sossego a ela até que estivesse limpa, alimentada e com curativos pelo rosto. Logo o almoço foi servido, e a tarde Harumi teve muito tempo livre pra dormir e tomar analgésicos. Pensou que talvez até seu pai tivesse achado que era exagerado as 400 flexões.
Depois de uma tarde de sono e descanso, Harumi ainda sentia seu corpo pesar. Só que bem menos do que antes.
O jantar foi servido as 8horas em ponto, e Harumi comia calmamente, lendo um mangá novo que seu pai havia trago do centro naquele dia. Tudo perfeitamente normal e, principalmente, pouco doloroso. E foi quando Harumi se levantou da mesa para ajudar a mãe com a louça, que Ikusa se manifestou.
- Sora, você ajuda hoje a sua mãe a lavar a louça. Harumi, você tem 400 flexões para pagar. E só irá dormir quando tiver terminado as 400.
A menina ficou perplexa. Abriu a boca para reclamar, mas o pai levantou a mão e disse que, a cada reclamação, aumentaria mais 50 flexões. Fechando a boca instantaneamente, Harumi saiu em direção ao quintal, que agora batia uma brisa noturna bem fresca. Deitou-se de barriga pra baixo na grama do quintal e começou demoradamente as flexões. O pai deixou um homem-kikai ali na porta do quintal, para certificar-se de que Harumi pagaria as 400 flexões.
Amanhecer
Ikusa acordou no horário de sempre. Chamou Hana também, e logo começaram a se preparar para mais um dia. Desceu para a cozinha, com a finalidade de tomar um café bem forte para dar aquela revigorada matinal, quando notou, pelo janelão aberto que dava para o quintal, um “montinho” verde jogado ali. Andou cautelosamente, pois inicialmente aquela janela deveria estar fechada. Logo percebeu que o seu clone de kikais ainda estava ali, e rapidamente trouxe-os de volta ao seu corpo. E notou que aquele montinho, era Harumi. Pegou a menina no colo e levou-a para o quarto, encontrando-se com Hana no meio do caminho.
- O que aconteceu?
- Deve ter ficado a noite inteira fazendo flexões, até cair no sono e dormir no quintal mesmo.
Hana soltou uma pequena risada divertida e foi trocar a roupa fria de sereno da filha, e agasalha-la no fuuton.
Acordava de manhã com o Sora batendo na porta de seu quarto. Levantava espreguiçando, ouvindo seu irmão chamando-a para tomar café da manhã. Harumi se apressou em ir lavar o rosto e desceu, percebendo q o lanche q fizera antes de dormir parecia ter sido feito a muito tempo atrás.
Fez o desjejum demoradamente. Era estranho estar comendo naquele lugar. Tão diferente, mas tão familiar ao mesmo tempo. Agora Harumi notava várias fotografias espalhadas pela casa. De Sora, dela, de seus pais, de seus avós. Mas era como se a memória deles sempre estiveram ali. Então, logo depois de se arrumar e tudo mais, seu pai batia na porta de seu quarto.
- Vamos Harumi, não precisa pegar nada. Vamos começar seu treinamento. Mas antes, quero conhecer o lugar aonde você costumava treinar.
Harumi espantou-se. Seu pai? Treinamento? Indagou ele sobre essa atitude, já que o pouco que treinavam era pra ela não perder totalmente a forma. Ele apenas cruzou os braços.
- Foram ordens do próprio Hokage para que você voltasse a estar em forma. Eu posso te ajudar nisso. Seu avô Aoki era um ótimo sensei, não devo ser tão bom quanto ele, mas ainda sim posso te ajudar.
Com um sinal positivo com a cabeça, Harumi calçou as sandálias, e saiu de casa, com o pai.
Into the wood
O bom de o campo de treino que tinha escolhido ser perto do bairro aburame era que dava para cortar caminho pela mata, que agora era do lado de casa. Adentrou por uma trilha que já muito bem conhecia, porém a muito tempo n visitava, e foi andando, com o pai atrás. Logo entraram numa clareira grande, bem escondida, e Harumi notou que estava exatamente do jeito que se lembrava, a mais de um ano atrás.
- Esse lado é bem pouco explorado. Achei por acaso. Fica entre a mata aburame e a floresta de Konoha. E aquela cratera ali no meio, foi de um treino meu com Víc-sensei. Sempre pensei em encher de água, um pequeno lago no meio do meu campo, mas... – ela dá uma pausa. Será q seria sensato dizer ao pai que não fez até aquele momento por preguiça?
- Tudo bem, algum dia faremos isso, mas hoje, a situação vai ser um pouco diferente.
Ikusa saiu andando até o grande carvalho do campo e sentou-se a sua sombra. Harumi achou interessante ele escolher a árvore que ela sempre escolhe para sentar-se. De pernas cruzadas, olhos fechados e aparência, bem... ameaçadora, vários kikais, muitos kikais, saíram do corpo de Ikusa, formando uma espécie de bunshin, só que não um clone perfeito – tinha o jeito humanoide, mas era uma massa preta de kikais.
E de repente outro, e mais outro. Um total de 4 clones pretos de kikais, um ao lado do outro, mais ou menos do tamanho da Harumi. Por um momento, a menina ficou olhando-os, completamente atordoada por descobrir, e ver, os kikais do pai. Até que seu pai disse, ainda de olhos fechados.
- O que está esperando? Fuja deles! Cada vez que algum deles te pegarem, você vai ter que pagar 100 flexões.
Dito isso, Harumi tomou fôlego e começou a correr dos homens-kikais.
Obstáculos
Conhecer bem aquele campo de treino e sua mediações não era suficiente para fugir dos kikais. Eles sentem o cheiro de chakra. Eles farejam chakra. E deve ser muito mais fácil farejar o chakra da Harumi, pela convivência com ela. A menina se repreendeu, por nunca ter pensado que o pai possuía kikais, e ela nunca tinha visto. Por várias vezes, quase foi capturada. Nessas horas, dar umas desviadas por atalhos que ela conhecia, era a melhor maneira. Corria em círculos pelo campo, entre as árvores, as vezes fugindo para a clareira. Depois de 30 minutos correndo sem pausa, seu ritmo começou a falhar.
“Não estou em tão boa forma quanto pensava estar...”
Pensando ter despistado por um momento os kikais, a garota encostou numa árvore para recuperar o fôlego, a muito perdido. E foi fechar os olhos q sentiu vários pezinhos fecharem em algo q parecia uma algema, no seu pulso. Abriu os olhos, um pouco espantada. Já devia ter esperado isso. Saiu andando com o clone a levando pelo braço, até o pai.
Ikusa ainda estava naquela posição de meditação e de olhos fechados. Deu meio sorriso quando aproximavam-se. Assim que ficou de frente ao pai, o clone se desfez e os kikais voltaram ao corpo dele.
- Muito bom, minha pequena. Mas meia hora? Acho que você era capaz de correr por muito mais.
Harumi não falava nada. Sua respiração ainda estava fora de compasso, e ela tentava normalizá-la, antes que seu pai a mandasse voltar a correr. Quanto aos outros clones? Harumi não via nem sinal deles. Ela podia pedir pros kikais ajudarem a localizá-los? Sim, mas achava que esse não era o intuito do treino, então deixava apenas seus kikais descansando em seu corpo cansado.
- Vai.
Ikusa disse num tom baixo e calmo, e Harumi no mesmo instante voltou a correr. Adentrou a floresta, procurando os clores. Assim q via um vulto, uma massa preta, correndo na direção da garota, ela corria para o outro lado, fugindo daqueles “inimigos” sem rosto. Por vezes, tinha q fugir de dois ao mesmo tempo, o que era muito mais complicado do que achava que era. Normalmente, em missões, Harumi não fugia de perseguidores – ela normalmente perseguia.
Agora estava na pele de fugitiva. E isso era bem confuso e cansativo, que por um momento ela começou a sentir pena daqueles que o time dela perseguiu. Não tardou muito para ser pega de novo. Demorou um pouco mais que a primeira captura, o que fez Harumi sentir-se um pouco vitoriosa.
Voltou a se apresentar à frente de seu pai, e ajoelhou-se, com os músculos doendo, a respiração já bem pesada, o cabelo desgrenhado, um pouco suja de terra e alguns cortes na bochecha pelo atrito de galhos de árvore a sua pele.
Enquanto isso, Ikusa parecia imóvel, igual desde o momento em que sentara ali. Ele deu um leve resmungo e os kikais daquele outro clone voltaram para o corpo dela. E esperou pacientemente Harumi recuperar o fôlego.
- Agora restam dois clones, e você já vai ter pagar 200 flexões. Porém, te darei agora apenas mais 10 minutos de fuga. Se algum de meus dois clones te pegarem nesses 10 minutos, as flexões vão dobrar. Quando acabar o tempo, você vai saber.
Com um “hai” de resposta, Harumi voltou a correr por entre as árvores. A perseguição foi muito, mas muito mais acirrada do que antes. Os clones não a perdiam de vista. Pareciam que antes eles estavam limitados, e agora, se capturassem elas, ganhariam chakra extra de jantar. Harumi teve que dar vários “pulos” para sair das patinhas dos homens-kikais do pai, e ter que auto-incentivar várias vezes para não ser deixada capiturar. O cansaço que sentia era tão grande, que tratava uma luta interna. Mas 400 flexões? Era algo demais para ela. Mas o fim estava próximo.
E quando Harumi mais esperava descobrir que tinha acabado o tempo, o mais inesperado –para ela- aconteceu. Ao olhar para tras, viu apenas um homem-kikais. Perguntou-se aonde estaria o outro, quando deu de cara com um, atravessando ele por não ter conseguido parar a tempo. Não sabia quem havia capturado quem, mas sabia que ao final disso, 400 flexões a aguardava. Harumi parou, exausta, e começou a caminhar pesadamente em direção ao carvalho, com kikais ainda espalhado pelo seu blusão.
Ao chegar no carvalho, seu pai já estava em pé. Os kikais mal apareceram de volta a clareira e já foram para o corpo de Ikusa. Ele acenou com a cabeça para Harumi, que acenou de volta, e ambos foram caminhando, em silêncio para a casa. Harumi preferiu não tocar no assunto das flexões. Talvez assim, amenizasse o “castigo”.
Descanso?
Chegou em casa, e tomou um banho gelado e bem demorado. Hana espantou-se com a aparência derrotada de Harumi, e não deu sossego a ela até que estivesse limpa, alimentada e com curativos pelo rosto. Logo o almoço foi servido, e a tarde Harumi teve muito tempo livre pra dormir e tomar analgésicos. Pensou que talvez até seu pai tivesse achado que era exagerado as 400 flexões.
Depois de uma tarde de sono e descanso, Harumi ainda sentia seu corpo pesar. Só que bem menos do que antes.
O jantar foi servido as 8horas em ponto, e Harumi comia calmamente, lendo um mangá novo que seu pai havia trago do centro naquele dia. Tudo perfeitamente normal e, principalmente, pouco doloroso. E foi quando Harumi se levantou da mesa para ajudar a mãe com a louça, que Ikusa se manifestou.
- Sora, você ajuda hoje a sua mãe a lavar a louça. Harumi, você tem 400 flexões para pagar. E só irá dormir quando tiver terminado as 400.
A menina ficou perplexa. Abriu a boca para reclamar, mas o pai levantou a mão e disse que, a cada reclamação, aumentaria mais 50 flexões. Fechando a boca instantaneamente, Harumi saiu em direção ao quintal, que agora batia uma brisa noturna bem fresca. Deitou-se de barriga pra baixo na grama do quintal e começou demoradamente as flexões. O pai deixou um homem-kikai ali na porta do quintal, para certificar-se de que Harumi pagaria as 400 flexões.
Amanhecer
Ikusa acordou no horário de sempre. Chamou Hana também, e logo começaram a se preparar para mais um dia. Desceu para a cozinha, com a finalidade de tomar um café bem forte para dar aquela revigorada matinal, quando notou, pelo janelão aberto que dava para o quintal, um “montinho” verde jogado ali. Andou cautelosamente, pois inicialmente aquela janela deveria estar fechada. Logo percebeu que o seu clone de kikais ainda estava ali, e rapidamente trouxe-os de volta ao seu corpo. E notou que aquele montinho, era Harumi. Pegou a menina no colo e levou-a para o quarto, encontrando-se com Hana no meio do caminho.
- O que aconteceu?
- Deve ter ficado a noite inteira fazendo flexões, até cair no sono e dormir no quintal mesmo.
Hana soltou uma pequena risada divertida e foi trocar a roupa fria de sereno da filha, e agasalha-la no fuuton.