Havia algo de errado com aquele garoto que portava a guitarra, e Onog conseguiu perceber isso. Escutou atentamente as palavras, e suspirou. Não poderia lutar com eles. Eram três, e pareciam ser realmente fortes. Além disso, a última luta havia esgotado todas as suas forças.
Tirou a bolsa de armas da cintura, e a jogou no chão. O acessório deslizou pela estrada, deixando algumas shurikens caírem no caminho, e parou próximo da carroça. Agora faltava a katana. Onog levou a mão até a alça do suporte que prendia a arma em suas costas, mas hesitou.
‘’Mate-os... Mostre a eles quem você é... Corte-os em dois... Não deixe que eles te atrapalhem... ’’, ele escutou. A voz era feminina e fantasmagórica, a mesma que sussurrava lamentos incompreensíveis anteriormente, mas suas palavras agora eram de fácil entendimento, e sombrias. Tão sombrias que Og sentiu todo o seu corpo se arrepiar.
Mesmo assim, ele desprendeu a katana, e fez um brusco movimento para jogá-la ao chão. Porém, por algum motivo, ele não a soltou. Sua mão tremia ao redor do couro da bainha da arma, e por mais que ele tentasse soltá-la, sua mão não respondia.
‘’Mate-os, Onog... Mate-os... ‘’, continuava a dizer a insistente voz, dentro da cabeça do gorducho. Mas ele não podia, e nem iria tentar. Eles eram ninjas da folha. Eram seus irmãos de armas. Então ele não fez mais nenhum movimento: permaneceu parado ali, com uma das mãos á frente do corpo, trêmula ao redor da bainha da katana.