Treino de Shuriken.
Eu chegava na clareira com uma chuva fraca, o campo estava todo molhado, mas isso não me incomodava muito, afinal eu precisava muito treinar. Entrava na velha cabana de madeira, ali estava bem seco, eu pegava um dos velhos bonecos de treino e o colocava em uma lado da cabana e então afastava tudo do caminho e ia ate o outro lado, com uma shuriken na mão direita e uma kunai na esquerda, eu começava o movimento lançando a shuriken na altura do rosto do boneco e lago corria o Maximo que podia bem atrás dela um pouco abaixado para pegar velocidade e ficar abaixo da altura da shuriken, então mandava um golpe perfurando a barriga do boneco, era fácil já que ele não se mexia, mas isso não seria tão fácil em uma batalha real. Eu pegava a shuriken que havia acertado o alvo, não com precisão porque não havia acertado o centro, mas isso não era tão importante no momento. Usando o mesmo movimento, eu lançava a shuriken, mas dessa vez, não havia a jogado normalmente, ele havia aprendido com seu tio uma maneira diferente, ele não conseguia lançar ela com tanta precisão como ele, mas iria tentar, lançava ela jogando o braço da esquerda para a direita e então inclinando a mão, para que a shuriken pegasse efeito ao invés de ir direto, pensei que poderia acertar, mas ela foi muito sem jeito, sem força e quase não rodava. De nada adiantaria se ela não chegasse nem perto do alvo, fui pegar a shuriken que havia batido na parede da cabana e caído no chão. Voltava ao ponto inicial e tentava lançar novamente repetindo o movimento com o braço, mas dessa vez colocando muita força, ela dessa vez chegou ate o boneco, mesmo que batendo nos lados da parede sem fazer estragos, ela ainda não estava girando rápido.
Lembranças e volta ao treino.
Com raiva eu me sentei um pouco olhando para a shuriken na minha mão, tentava saber se havia algum segredo nisso, mas nada era descoberto, então eu fechava meus olhos tentando lembrar de quando observava meu tio lançando as shurikens, ele fazia com tanta facilidade, ele lançava 4 shurikens ou mais por vez e todas pareciam “dançar” pelo ar girando com tanta velocidade que estraçalhava os bonecos de palha e cortavam os alvos de madeira. Ele era muito mais forte do que eu, mas a precisão que ele tinha era incrível, eu precisava acertar pelo menos com uma! Me levantei com raiva por não ter acertado, mas lembrei que assim que ele lançava os dedos dele ficavam para baixo da mão, “talvez ele... vamos tentar”
Eu pegava a shuriken na mão e deixava um dedo na lamina dela, então fazia o movimento com o braço e a lançava com toda a força que eu tinha, quando a largava da mão, por causa do dedo na frente da lamina, forçava ela a girar ainda mais alem do próprio movimento de lançar a shuriken. Agora sim, ela tinha ido com força e com o efeito que eu estava querendo, ou quase, acho que com tanta força ela saiu girando no ar fazendo movimentos giratórios, mas acho que precisava melhor a precisão, a shuriken saiu pela janela do lado do boneco indo voar para o lado de fora, quando fui procurar ela estava cravada na raiz de uma arvore no chão, não muito longe da cabana, mas por causa do efeito, ela ia mais longe, mesmo talvez perdendo um pouco de força, de agora em diante precisava melhor a pontaria, fiquei tentando durante um tempo, até que por causa dos trovoes, minha concentração havia diminuído e o cansaço começava a dominar, então era hora de parar, mas na ultima vez ela havia acertado de raspão o boneco e batido na parede, eu fui pega-la e depois fui embora correndo por causa da chuva, cheguei em casa todo ensopado, mas feliz por ter conseguido o que queria, ou quase....