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Rank C - O pergaminho da folha | Mitsashi Wishfull e Uchiha Zeni

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Prólogo

"Toc-toc", "Toc-Toc". Alguém batia fortemente contra a porta da casa de um dos regentes, quando a mesma era aberta rangia. Alguém definitivamente precisava colocar óleo nas dobradiças. Era noite e fazia um calor acima do normal em Konoha. Um homem velho com a cara enrugada e um pijama branco listrado saia. Ele carregava no braço direito um travesseiro enorme, esfregava os olhos com a outra mão e olhava quem lhe incomodava tão tarde. A luz fraca que vinha do cômodo que o regente saia incidia sobre o rosto de um homem. Magro e suado, ele usava um lenço na cabeça e vestia roupas pretas, apoiava as duas mãos sobre os joelhos.

"Quem diabos me acorda a essa hora?!" - pensava o regente.

- Uma vilarejo, bem ao norte. Será atacado em dois dias!- Dizia o homem enquanto engasgava com a própria saliva.

- O que?! Por que não mandam reforços? - o regente respondia de forma seca.

- Há uma grupo de ninjas, posicionados perto do vilarejo. Eles estão se movendo... Não temos mensageiros. E não podemos enviar ninjas experientes para entregar as informações...

- Espera um instante. - dizia o Regente, pegando um pergaminho e escrevendo algumas informações de próprio punho.

- Entregue na Academia Ninja, eles terão gennins recém-formados que podem entregar esse pergaminho...[i] - ele parava por um tempo, voltando para dentro e voltando com um mapa, marcando um "x" no lugar onde os jounnins estariam atualmente.[i] - Não demore!

O homem corria com o pergaminho e mapas em mãos, procurando pelo Instrutor.

* * *

Mitsashi ouvia batidas na porta de sua casa, um chunnin lhe dava instruções rápidas. "Vá até os portões de Konoha, leve esse pergaminho. Lá estará um garoto com um mapa, vá até o "x", vocês tem dois dias."

Wishfull logo se arrumava e pegava os itens necessários para a viagem, rumando até os portões norte de Konoha.

-

O Uchiha estava dormindo quando via um ninja entra pela sua janela, ele também lhe dava instruções, entregando-lhe um mapa e mandando procurar por um garoto com um pergaminho ao norte de Konoha.

Zeni se preparava e em seguida ia para os portões.


- x -

Os portões estavam movimentados naquele dia, pessoas iam e viam, carroças entravam carregando mantimentos e outras saiam, algumas carregando pessoas. O barulho era infernal e era praticamente impossível encontrar alguém em meio aquela multidão.

O que vocês fazem?

Descrevam vestuário e o que estão carregando.

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~ No.1 - The Larch ~


Havia sido um dia exaustivo e cada parte de Wishfull desejava imensamente uma mínima dose de descanso diário. E a noite lhe prometera isso finalmente. Foi na primeira oportunidade que teve para deitar-se em sua cama que o agudo tintilar da campainha expulsara qualquer conforto que poderia ter tido. Não existia nenhum lugar nele que quisesse abrir a porta. Mas ele foi. Agora era um ninja e deveria cessar sua atitude desleixada. Com passos pesados, que faziam ranger a nada cara madeira do piso, caminhou emburrecido até a porta que talvez gritasse mais alto que o chão de sua casa sem importância.

- Blablabla, blabla - Wishfull ouvia atentamente tudo o que seu superior falava - Blablabla, blabla... Vocês têm dois dias. - Levou algum tempo para o garoto assimilar as informações e descobrir que segurara um pergaminho. Foi mais ou menos o tempo que usou para fechar a porta, ir cambaleando até o quarto e vestir algo além de um calção de bolinhas. Uma missão. Que diabos se passava na cabeça dos regentes da vila quando foram adeptos da ideia de mandar um jovem rapaz que acabara de sair da academia para uma missão? Ainda mais porque, entre a sua importância para a vila e sua insignificância para Wishfull, estava o fato de que essa era uma missão Rank C - e falar isso é como falar exatamente o contrário de "uma missão fácil".

Sua corriqueira calça jeans, sua comum camisa de manga comprida, seu trivial sapato simples e seu nada usual chapéu gigante: Não era um uniforme digno como o dos Power Ranger, mas servia na maioria das vezes. Tomando um horrível chá pronto que encontrara guardado em algum canto obscuro e misterioso da casa, ajustava sua bolsa ninja, logo após prender sua Fuuma Shuriken nas costas. Não tinha muitas armas, apenas o que o script acadêmico mandava: algumas kunais, algumas shurikens, selos bombas e nenhuma boa vontade. Ainda não sabia o que fazer com aquele pergaminho que recebera, se abria ou mantinha intacto, se jogava fora ou tocava fogo. Lembrava vagamente de algumas partes apenas da explicação que seu superior lhe tinha dado. Com um longo bocejo, dormira por quinze minutos e logo em seguida saía para os portões de Konoha na esperança de achar algum ninja gordinho, baixinho, acenando para o alto com um mapa na mão.


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O Chamado


O dia ia se acabando em Konoha, e o pequeno Uchiha já estava dormindo, sono muito mais do que merecido, após seu longo treinamento e seus inúmeros desmaios conseguentes do mesmo. O vento acordou o gennin. Na verdade, foi o vento vindo das mãos de um ninja de Konoha, que havia entrado pela janela. O mesmo foi rápido e objetivo, explicou a Zeni que ele agora tinha uma missão rank C, onde ele teria que encontrar um outro gennin no portão norte de Konoha, que estava com um pergaminho em mãos. E para completar, lhe deu um mapa, com a localização exata do local onde os dois teriam que ir.

Após o ninja desaparecer no mundo, Zeni foi se vestir, afinal não poderia ir ate o portão só de cueca. Colocou sua calça azul de moletom, e uma camisa vermelho-sangue. Seu cabelo estava arrepiado, como de costume. Carrega suas armas básicas, que havia ganhado na academia: cinco
Kunais, cinco Shurikens, uma Fuuma Shuriken e cinco Kibakus Fuuda.

Saiu em direção ao portão norte, com esperança de encontrar um outro gennin qualquer, com um pergaminho em mãos.

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Vocês não encontravam um ao outro, talvez fosse o destino, talvez vocês não estivesse procurando direito.

As pessoas pareciam começar a encontrar o seu rumo, saindo de suas vidas chatas e monocromáticas rumo aos seus destinos de sempre (liberdade poética, problem?).

Uma carroça passava na frente dos dois, quase que no mesmo momento. Então vocês se viam. De um lado um Mitsashi com seu chapéu bizarro, do outro um Uchiha, com cabelo arrepiado.

Eles se olhavam por um tempo, percebendo o que o outro trazia consigo. Abrindo um meio sorriso ao perceber que encontravam o parceiro.

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~ And now... The Larch ~


A lua fitava o minúsculo Wishfull com olhos indiferentes. Naquele momento, parado, no portão de Konoha, imaginava o que tantas pessoas estariam fazendo àquela altura da noite. Já estava deveras tarde, deviam estar todas dormindo em suas respectivas casas esperando o dia amanhecer para tomar café, fazer algumas coisas e dormir de novo. As inúmeras estrelas que formavam um mosaico versátil no céu iluminavam o local junto às luzes de todas as residências da vila. Pensou, em um momento, que se todas as pessoas do mundo parassem de andar em um único minuto, o mundo pararia junto com elas. Por que não? Naquela noite ou no dia seguinte, cada indivíduo tinha problemas particulares e não pararia um segundo sequer para deixar de resolvê-los. Se deu conta, então, que era difícil aceitar o fato de que cada pessoa tinha uma mente, uma vida e pensamentos particulares, assim como os seus. Olhando de fora, com olhares analíticos e observadores, aqueles diversos seres em zigue-zague pareciam apenas grandes máquinas andando de um lado para o outro afim de cumprir suas ordens. Não percebera, entretanto, que talvez fosse ele quem carregasse mais os princípios de um robô naquele momento.

Se distraíra por tanto tempo que, quando voltou para si, percebeu que estava olhando sem motivo nenhum para o pergaminho em sua mão. Aquele pergaminho era mais que um monte de papel irregular que fora manchado por algum tipo de pigmento. Significava que estava numa missão - sua primeira missão. Não entendeu o porquê de uma missão de rank tão elevado ter sido designada para ele, mas também não parou muito para pensar no assunto. Não notou nenhuma espécie de título naquele registro, e também não procurou muito. Olhava para ele mas não
observara-o de fato. Apenas se perdia em seus pensamentos. Era só agora que entendia o real significado daquela missão para ele mesmo, significava sua entrada no real mundo shinobi. Por um único segundo, a palavra finalmente surgiu em sua imaginação para expressar o que sentia sabendo que era um ninja. Mas, inevitavelmente, ela se desfez em uma pequena nuvem de lógica e foi praticamente obrigada a dar espaço para a palavra arrependido. Não eram lágrimas que escorriam de seus olhos, era seu corpo que transpirava a cada sinal de ansiedade seguida de incertezas.

Foi como uma hipocrisia do destino quando cada alma perdida dali se dispersou e, em algum tipo de improbabilidade indecisa, uma carroça separou Wishfull do empecilho que o impedira de ir para seu destino de uma vez por todas. O garoto, que antes se perdera sem sair do lugar, via então um velho moletom vermelho. Com um pouco de esforço, entretanto, pôde ver que quem usava-o carregava também um mapa, além de um sorriso amarelo e um cabelo cômico. Nenhuma palavra saiu de sua boca, apenas a retribuição de um sorriso sem graça e um acenar de mãos que, se falasse, diria algo como um desinteressante
"e agora é melhor entregarmos isso, não?". Era difícil dizer qual impressão tivera sobre seu parceiro de missão, engraçado talvez fosse sua melhor definição. Não havia muito o que fazer ou muito o que pensar, e por essas e outras que o garoto logo tratou de ocupar sua mente com algumas questões do tipo: "o que vamos comer?", "por que comemos?" e "qual o melhor restaurante?".


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Encontro

A lua estava iluminando toda vila. O silencio começava a tomar conta do portão norte, na medida em que as pessoas iam voltando para suas respectivas casas. O Uchiha porem ficou parado, que nem se fosse uma estatua, na esperança de encontrar um gennin com um pergaminho em mãos.

Enquanto isso pensava em sua vida, no seu padrasto, - onde estaria ele ? – Sussurrava o pequeno menino de cabelos arrepiados. Voltando a sua missão, em sua frente, passou uma carroça velha, Zeni nem deu muita atenção ao fato, porque em Konoha havia muitas carroças, principalmente velhas.

Mas após observar bem, ele viu que atrás da carroça estava um menino de chapéu bizarro, com um pergaminho em mãos. Zeni abriu um leve sorriso, percebendo que esse era o menino que ele estava esperando há horas. Percebeu que o gennin estava acenando, então correu em direção a ele e disse : - Então, vamos ? -

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Turno livre.

Interajam.

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~ No.1 - The Larch ~


Há algum tempo atrás, em uma situação completamente alheia ao Wishfull e sua missão infeliz, uma senhora idosa, de alta classe, saía de sua casa em Konoha. Com pouco interesse ao que acontecia em sua volta e trajando olhos velhos e cansados, pensava se era realmente necessário ir ao hospital. Com passos difíceis, curtos e melancólico; coluna torta e irregular; mãos trêmulas e frágeis e pouquíssima lucidez, recebera a carroça que fora preparada para levá-la ao médico. Não que ela quisesse. Erguendo o punho direito para o cocheiro, com todos os dedos contraídos e a mão inteira fechada, com exceção do polegar que se mostrara alto e reto, fazia um sinal típico que todos faziam quando queriam alguma carona. E o cocheiro entendeu, guiou a pobre idosa até seu aposento. Subiu com dificuldade, sentou-se e esperou sua morte lentamente.

Mas isso não tem a menor importância.

"Improvável"; A a carroça que servira de conforto para a pobre velinha separou Wishfull de seu parceiro de missão. E, com um convincente e firme punho fechado com o polegar erguido - que significaria algo como "claro, bora lá , e não um pedido de carona como de costume - respondia o seu companheiro que há pouco perguntava sem rodeios se já iriam para o local designado. - "Não, vamos ficar parados aqui até amanhecer." - Logo tratou de andar, sem pressa ou ansiedade. Pelo menos não demonstrava. Com alguns gestos e palavras trocadas, quase sem motivo e apenas para fins estéticos do que costumava-se chamar apresentação, pediu para ver o mapa que este trazia, além de procurar saber seu nome e o sentido da vida, o universo e tudo mais.

Era longe. Muito longe. Ou era muito perto? Tinha dado apenas rápida olhada no mapa, apenas para dizer que olhou se alguém perguntasse, e não tinha notado nenhuma espécie de escala para tomar por referência. O que não significava que não tinha uma, apenas que não procurou o suficiente. Chutou dez horas de caminhada. Se estivesse um pouco menos sóbrio, olharia para o
X marcado em letras grandes e garrafais no mapa e pensaria que estavam indo atrás de algum tipo de tesouro enterrado. Por algum motivo, sua imaginação seguiu um caminho intuitivo que, sabe-se lá por quê, passava longe de perceber que precisariam de comida, sombra e água fresca. Pelo contrário, agora só imaginava que dois ninjas recém formados, não tinha certeza quando ao seu parceiro, saindo para caminhos desconhecidos em uma missão Rank C... não era uma boa ideia.


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Conhecendo seu parceiro

Wishfull havia respondido positivamente a pergunta que Zeni havia lhe feito. Embora ainda não fosse de manha, os pássaros já começavam a cantar em homenagem a lua, pensava o jovem gennin. O pequeno Uchiha não tinha vontade de puxar papo com seu parceiro, nem seu parceiro aparentava ter. Mas, Wishfull se apresentou cordialmente e perguntou coisas básicas sobre Zeni, como seu nome e procurando saber um pouco mais sobre a sua vida. O menino de cabelos arrepiados respondeu e fez as mesmas de volta, sempre com seu lindo sorriso amarelo.

O menino de chapéu bizarro também perguntou para ver o mapa, coisa que Zeni nem havia feito ainda. Wishfull analisou o mapa e ficou calado, depois o devolveu ao Uchiha, que também analisou o mesmo.

Os dois seguiram calados. Só ouvindo o som do vento vindo em sua direção, fazendo levantar poeira da estrada de chão. Zeni pensava em inúmeras coisas, como iria acabar essa missão era uma delas, se teria que lutar contra outros ninjas, ou talvez ladrões. Ele se empolgava e viajava em sua própria imaginação.

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Os garotos caminhavam, com passos barulhentos e levantando a poeira da estrada. Caminhavam por caminhos tortos e sinuosos por uma estradinha em meio as árvores.

Segundo o "X", bastavam seguir uma estrada, pegar alguns atalhos e voi-lá. Mas acontece que o caminho traçado no mapa não era tão fácil assim.

Eles pulavam troncos enormes caídos, passavam por lama - embora não achassem água, e ouvia o barulho de animais que eles nem sabiam que existiam.

Haviam se passado cinco horas e nenhum dos dois haviam levado comida ou água. Seus estômagos reclamavam e saltavam dentro de suas barrigas, seus lábios rachavam e eles umedeciam com a língua. Maldita fome, maldita sede, malditos cérebros, onde eles estão quando se precisa deles?

Eles haviam caminhado quase metade do trajeto, podiam perceber isso ao comparar uma figura de uma pedra com formato triangular que estava desenhada de modo estranho no mapa, e não se parecia muito com a que estava a sua frente.

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~ And now... The Larch ~


Animal. Talvez essa palavra fosse a que melhor definisse Zeni desde que Wishfull descobriu a genialidade de seu parceiro em não levar um m&m sequer para a missão. Mas não podia xingá-lo muito, no fim das contas, ele também não havia levado nada além de sua pouca simpatia. Aquele animal na sua mente, entretanto, não era dirigido para seu companheiro. Ele aparecia em resposta a cada "onde estão?" que surgia na sua cabeça sempre que chegava à conclusão de que o adjetivo fome definia completamente seu estado de espírito e a razão do seu viver naquele momento. De repente aquele chá estragado que tomara pouco antes de sair de casa pareceu tão atraente quanto o desfile de roupas íntimas femininas que via de vez em quando na televisão. Diminuiu seus passos, já lentos, sem ao menos perceber. Caminhando por cima de lama, galhos ou um monte de esterco - tão pouco importava aonde estava que nem se dava ao trabalho de descobrir -, se perguntava quando a carne do seu parceiro começou a parecer tão saborosa. E só tinha se passado quinze minutos desde que começou a caminhada.

Bastante tempo havia se passado - quatro horas e trinta minutos - , mas poucos de seus pensamentos haviam mudado. Por um segundo, um único milésimo de segundo, um aparelho surgiu na sua mente: -
Vou batizá-lo de celular - pensou consigo mesmo - E permitirá que pessoas falem umas com as outras sem sair do lugar. - Mas, infelizmente, antes que pudesse contar para alguém ou até mesmo se dar conta da sua ideia, ela se perdeu para sempre e cedeu lugar para inúmeras aves fritas. Em um lapso de inteligência, percebeu que deviam parar para descansar por algum tempo e somente depois de se alimentar, descansar e jogar um pouco de poker deveriam voltar à caminhada. Querendo ou não, ele sabia que iria cair duro no chão se não tomasse um copo de refrigerante logo. "Degustador" - pensara consigo mesmo - "Eu devia ter me tornado degustador de sorvetes".

- Comer. Precisamos parar e comer um pouco - Antes que pudesse perceber que roía seu próprio braço, estava falando algo que não sabia dizer se era para si ou seu parceiro. Mas as palavras saíam. - Veja se escuta o barulho de água, meus ouvidos não funcionam bem há muito tempo - Seus ouvidos funcionavam, e muito bem, mas não queria ter trabalho. Esperaria que seu companheiro o guiasse, e se ele não o fizesse iria seguir para o local na floresta que apresentasse maior declínio. "Descidas sempre são sinal de água corrente". Antes de decidir se sairia ou não da trilha marcada no mapa, o que agora já não parecia um pecado tão grave assim, apenas verificava algum ponto de referência. Tudo que pôde pensar é que o autor daquele mapa não era um artista tão bom, tendo tirado toda a beleza daquela pedra estranha que lhe olhava com um frasco de ketchup em uma das mãos e molho de churrasco na outra.

Dentre tudo que Wishfull sentia, pouca coisa ia além de cansaço. Seus olhos doíam, suas pernas não lhe obedeciam e suas mãos faziam gestos obscenos. Antes de decidir o que fazer, apenas duas soluções surgiam em sua imaginação. E, dentre as duas, decidira que a melhor não era ficar louco. Apenas calculava que devia pensar em qualquer coisa que não envolvesse comida.
"O alfabeto" - imaginava - "Qualquer dia farei um texto em prosa contendo exatas 668 palavras, com cada palavra inicial dos parágrafos seguindo a ordem do alfabeto" - mas, não sabia como, qualquer pensamento que invadisse sua mente levava-o a refletir em quanta fome sentia. E logo desistira de pensar.


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Pescaria

Zeni só pensava em dormir. Já se passavam cinco horas desde que eles saíram do maldito portão norte, e de acordo com o mapa, eles estavam acrescem chegando na metade da grande maratona, sim, maratona. Porque não era uma estrada de chão qualquer, havia troncos enormes no meio do caminho, que os faziam pular mais alto do que sapos. E ainda havia lama, coisa engraçada, pois nessas cinco horas tenebrosas, Zeni não havia visto um misero pingo de chuva.

Zeni ao ouvir seu parceiro reclamar de fome, acenou positivamente com a cabeça. E antes que pudesse indagar algo, Wishfull mandou o pobre gennin escutar se havia algum barulho de água por perto. O Uchiha escutou. Era ao lado esquerdo, lado contrario ao que dizia o mapa para seguir. – Por aqui ! – Exclamou Zeni. Saindo em direção a uma descida arriscada, Wishfull o seguia. Desceram uns dez metros, talvez quinze. Acharam um pequeno riacho que corria por ali.

Conseguiram beber algo e descansar um pouco. – Vou ver se acho alguns peixes para satisfazer a nossa fome – Indagou o pequeno menino de olhos vermelhos. Como o pequeno riacho era raso, Zeni não teve muitas dificuldades para arranjar dois peixes, um para cada um. Não eram tão grandes, mas naquela hora, poderia ser muito bem um banquete. Quebrou uns gravetos e improvisou uma churrasqueira, e pegou outros para fazer de fogo.

Logo os peixes ficaram prontos. – Venha ate aqui ou vou ter que lhe dar na boca ? – Perguntava o jovem Uchiha ao seu parceiro lesado.

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Então ambos desciam, Wishfull passava mais tempo dentro de seus pensamentos engraçados e desnecessários de que em outra coisa, pensando mais nos porquês de que em procurar comida. O pobre (não que fosse realmente pobre) Uchiha, que desceu - quase que caindo, uma pequena descida íngreme.

Não era só mais fácil olhar no mapa - mesmo que fosse feio e mal desenhado? Se olhassem bem de perto poderiam ver o pequeno risco azul (pequeno mesmo), do lado da pedra bonita e estranha.

Zeni tirava suas sandálias ninjas e bolsa de armas e então entrava no riacho, que cobria até sua cintura, se molhando totalmente pra conseguir pegar dois peixes - que eram pequenos e não era grande coisa.

Quando preparava a fogueira se arrependia de não ter aprendido um jutsu Katon. Antes que pudessem por o peixe no fogo eram surpreendidos por um trio mal encarado.

Eles eram parecidos - seriam irmãos? Todos tinham cabelos loiros e olhos amendoados, vestiam calças e sandálias ninjas pretas e camisetas brancas, cada um carregava uma bolsa de armas na perna direita. Embora nenhuma bandana fosse visível.

O ninja do meio deu dois passos a frente e então começou a falar, com uma voz quase que infantil.

- Vocês estão fazendo o que aqui?! Deixem os peixes e podem voltar pra casa.

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~ And now once again... The Larch ~


Pobres peixes. Vai ser um pânico quando suas famílias descobrirem que dois seres superiores na cadeia alimentar mataram outros dois pequenos e indefesos peixinhos. Eles morreram brutalmente, sufocados em uma morte lenta e dolorosa, seriam queimados e seus restos seriam comidos e despejados em forma de dejetos pelo mundo afora. Aquelas pobres existências escamosas que agora pairavam na mão de Zeni podiam ser qualquer coisa. Militares que defendiam a paz nos oceanos, cientistas que trabalhavam noite e dia para o avanço da tecnologia submarina. E suas vidas, seus sonhos, tudo virando motivo de satisfação para aqueles shinobis infelizes. Não há mais caminhos para eles. As famílias dos pobres peixes, deixadas para trás e que nunca esquecerão seus entes queridos, carregando a raiva de não poderem saber o que aconteceu, agora têm cicatrizes na alma que nunca se curarão. E, pelo resto das suas vidas submersas, eles chorarão para as fotos dos que perderam e pensarão consigo mesmo: Se eles não estivessem fora de casa...

Nada disso passava na mente do garoto controverso naquele momento. A fome era imensa demais para pensamentos filosóficos tão grandes e pouco se passava na sua cabeça além de fritar e comer aqueles indivíduos saborosos. Mas havia ali algum espaço para reflexões menores. Subitamente, olhou de suas mãos para os peixes prestes a serem fritos. Por que matavam aquela criatura para comer seu cadáver? Era um pouco nojento, de fato, mas o pensamento não era muito por aí. Wishfull seguia mais a linha do
o que nos faz diferentes dessas pobres criaturas? Cadeia alimentar, não. Racionalidade talvez? Não, levaria pelo menos mais um século até algum pensador ingênuo, maluco e desumano criar uma definição que chegava perto do que era realmente a racionalidade. Então, o quê? Em um momento de sabedoria, Wishfull olhou novamente para suas próprias mãos e entendeu tudo. Ah... Chegara à conclusão: O quirodáctilo opositor, claro. É fato que aquela dádiva aos hominídeos era de suma importância. O quirodáctilo opositor pode realizar rotações de até 90º enquanto que os comuns realizam apenas algo perto dos 45º além de, uau, provar diversas coisas como, por exemplo: O fundamental por quê? O luminoso tá de brincadeira? E até mesmo o sério? Inclusive, também, a teoria do pobre garoto sobre a diferença das espécies, por mais que ele não tivesse se aprofundado tanto no assunto.

O jovem garoto estava cheio de desejos, sentado de costas para o riacho e de frente para o show que estava prestes a começar. A preparação do seu banquete, obviamente. Foi incrível como Zeni teve todo o trabalho, Wishfull se sentia quase aliviado por não ter que fazer nada. Não havia falado muito até ali, apenas namorava os peixes que iriam ao fogo de forma que demorou a perceber que tinham visita. Inopinadamente, o universo congelou e um pequeno balão de fala surgiu sobre a cabeça perturbada do menino tão perturbado quanto e expôs alguns pontos de exclamação. O que seria realmente interessante, se a realidade não tivesse voltado correndo para reclamar sua normalidade antes que alguém pudesse se dar conta do que havia acontecido e usar algum
celular para contar o ocorrido. Infelizmente não havia uma cabine telefônica para Wishfull colocar sua roupa de super-homem e combater aqueles que lhe atormentavam ou sequer mesmo tinha uma TARDIS, portanto limitou-se apenas a observar a cena.

Riu para si por um momento ao perceber que cada inapropriado indivíduo daquele tinha características tão afeminadas que não se importaria em chamar todos
rameira. Mas tinham uma expressão de mal humor, e era isso que não fazia o garoto rir descontroladamente. Antes que alguma das meretrizes pudesse fazer qualquer ação, Wishfull lançou olhares amigáveis e fez uma saudação alienígena com a mão direita, sabendo que iria ser ignorado. Não tinha certeza do porquê de estar ali, mas não tinha intenção de lutar desnecessariamente. Ainda mais porque não sabia onde poderia encontrar reais perigos, além de que não gostaria de lutar com a barriga vazia. Foi quando a marafaia do meio decidiu trocar algumas palavras que o garoto teve que se segurar mesmo para não cair na gargalhada. Por um minuto sua fome até foi esquecida. Mas logo voltou. Era tão cômico o fato de que o traje que as três messalinas trajavam denunciava a possibilidade de serem shinobis que ele nem notou que estavam sem bandana.

Ora, falava para si mesmo sem soltar uma nota musical, pelo menos não lembro de nada que mostre que sou shinobi. De fato, o chapéu monstruoso cobria completamente sua bandana. Sua roupa longa, que mais parecia um pijama, cobria sua bolsa ninja e sua fuuma shuriken era perfeitamente ocultada pelos seus cabelos compridos. Sua calça era totalmente não-ortodoxa e seu tênis era um mistério também não diziam muita coisa. Zeni também não devia ter nada de ninja para mostrar. Wishfull não observou bem, mas, pelo que pouco lembrava, sabia que seu parceiro tinha deixado seus utensílios perto de uma rocha antes de entrar na água. E estava exatamente onde aquelas três marafonas não podiam ver. Decidiu, quase sem perceber, que primeiro tentaria descobrir as intenções de seus convidados para depois começar a decidir. Cada vez mais pensava no quão bom seria se as pessoas parassem de atrapalhar ele. Era como uma habilidade que tinha de atrair má sorte. Qualquer coisa eu deixo Zeni pra morrer e fujo, não sabia ainda, mas o pensamento que mais lhe preenchia era esse. E, sem saber o motivo, foi rápido o suficiente para iniciar um breve ou longo diálogo com os sujeitos antes de seu parceiro.

- Oh - Sua miniatura boazinha sentada em seu ombro esquerdo lhe dizia para escolher bem as palavras que iria usar, e ele obedeceu. Achou melhor ignorar sua miniatura do mal que dizia pular feito um canguru - Vejam só, por que não vêm aqui com a gente e comem um pouco de peixe também? Eles têm família e tudo mais, vocês sabes, mas nada de grande importância - O tom que usava era amistoso e as palavras saíam de maneira cantada e descontraída, por mais que por dentro estivesse um pouco apreensivo. Não queria que aquelas três gazelas loucas marroquinas realmente comessem junto com ele, mas pensou que talvez essa fosse a melhor forma de começar uma conversa pacífica. Continuava sentado em uma pedra, inclinado para frente e sustentando o corpo nos braços que se apoiavam nas pernas. Por algum motivo, aquela posição lhe fez pensar que, se estivesse se afogando, podia se salvar puxando os próprios cabelos. Não entendia ao certo por que sabia que aquilo não iria funcionar, mas foi um pensamento rápido demais para ser relevante.

Tudo o que acontecia carregava um ar tão tétrico quanto poderia. Wishfull não queria ter saído da trilha original, em primeiro lugar. Ele nem queria ter saído de casa, para início de conversa. E ainda assim o senhor Destino tinha que zombar da sua cara enviando três criaturas caricatas e questionáveis para lhe infortunar. Sua impopular ideia de que teria que lutar ainda não havia se dispersado e, dentre tudo a sua volta, conseguiu se distrair com a fantasia de que logo poderia cumprir sua missão e voltar feliz para sua cama quente e suave. Parecia que apenas agora, quando quase caiu no sono de fato, percebeu que estava de madrugada. Se mantinha relutantemente acordado e com fome, talvez caísse para trás inconsciente na próxima palavra engraçada daquele sujeito do meio. Tentou entender se realmente haviam três pessoas ou se as outras duas eram fruto de sua imaginação. Até imaginou que todos aqueles três indivíduos e até os minúsculos soldados vermelhos que marchavam pela árvores podiam ser criações de sua mente insólita. Mas percebeu que seria ridículo perguntar para Zeni, uma vez que não sabia nem se ele mesmo era real.
Por Barry Allen, como eu vim parar aqui? E quase era sugado pelo seu subconsciente para o país das maravilhas.


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Visita Indesejada

Zeni estava preparando a fogueira para assar os peixes. Como sempre sozinho, seu parceiro nem se quer pediu se precisava ajuda, era um baita de um preguiçoso. Quando de repente, surgiram três homens, eles eram mal encarados, eram totalmente iguais e pelos seus acessórios, aparentavam serem ninjas.

Nesse momento o pequeno Uchiha ficou nervoso e com um pouco de medo. Não sabia quem eles eram, observando-os melhor, ele percebeu que eles nem se quer tinham bandanas. O aparente ninja do meio deu dois passos a frente, e meio que numa ameaça, disse a Zeni e seu parceiro para deixarem os peixes e irem embora.

Zeni pensava. Não sabia o que fazer, estava em estado de choque. Mas uma coisa era certa, não iria desistir tão fácil, nessa primeira missão mais importante de sua ‘vida’ ninja. O vento batia em sua cara, levando um pouco de poeira junto, fazendo o pequeno gennin inalar poeira, e como no mesmo instante, ele tossia.

Seu parceiro tomou sua frente e convidou os ‘convidados’ para comerem junto aos gennins. Quando percebeu que Wishfull acabava sua fala, ele completou : - Ehh... São só dois, mas posso ir ate o riacho novamente e pegar mais alguns, onde comem dois, comem três, quatro... – Zeni falou em um tom de voz calmo, bem diferente de como estava realmente, após esperou as respostas do trio ninja.

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As nuvens se moviam de modo lento e uniforme, se arrastando e cobrindo o sol momentaneamente.

Pássaros voavam e faziam barulho, era cedo (visto que vocês saíram de Konoha a noite). O tempo passava e os lembrava que teriam que ser rápidos. Se demorassem um pouquinho perderiam o tempo de entrega do pergaminho.

O rapaz do meio parecia inquieto, puxava a gola da camisa enquanto ia na direção dois dois.

- Oh! Vejam só, por que não vêm aqui com a gente e comem um pouco de peixe também? Eles têm família e tudo mais, vocês sabes, mas nada de grande importância.

- Ehh... São só dois, mas posso ir ate o riacho novamente e pegar mais alguns, onde comem dois, comem três, quatro...

Ele ouvia e então pegava uma kunai da sua bolsa de armas, colocando a frente do corpo, os garotos que ficaram para trás faziam o mesmo.

- Apenas saia e deixem os peixes, ou...

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~ And now and now and now... The Larch ~


As nuvens se moviam rápida e aleatoriamente, correndo e desviando do sol permanentemente. Mentira, sacanagem, as nuvens se comportavam exatamente como aquela voz na sua cabeça, que apareceu na leitura do texto anterior, disse que se comportavam. Na verdade, o que mais prendia a atenção de Wishfull naquele momento era sua própria barriga que gritava insanamente. Ele nem sequer olhou para cima, as nuvens só lembravam-lhe de comida e mais comida. Acontecia que tinha se surpreendido com a personalidade daqueles três indivíduos. Realmente achou que pessoas tão ridículas teriam consciência de sua bestialidade e seriam flexíveis, aceitando o convite tentador para comer, dançar e contar histórias de terror em volta de uma fogueira com um violinista cego. Mas não aceitaram. O que se passava nas mentes dos três seres gozados? Suas cabeças talvez estivessem tão cheias de nada que fosse difícil pensar. Por um momento Wishfull pensou que, provavelmente, se parassem de bancar os machões, seus cérebros podiam começar a funcionar. Mas seu próprio juízo já estava parando de funcionar. Ah, criaturas irrisórias, sempre alguma no seu caminho. O tempo passava lentamente e com dificuldade, como se quisesse zuar um pouco mais com a cara dos retardados ali.

O rapaz, cheio de desejos, se deu conta de que deveria haver naquele todo uma criatura que governasse tudo. Uma criatura que sabia de tudo que estava acontecendo, que estava em todos os lugares naquele universo. Um ser que podia fazer qualquer coisa, que tinha consciência de tudo e era muito mal, por sinal. Wishfull pensou consigo mesmo se não seria bom ter uma conversa com essa pessoa doente e trocar algumas ideias, entender um pouco sobre sua insanidade descontrolada. O que era impossível, infelizmente, porque esse ser realmente existia e tudo mais, mas não queria conversa com seus
brinquedos. Não queriam e não podiam, tal conversa ia enlouquecer mais ainda aquelas criaturas inferiores já debilitadas. Há muitas maneiras de se divertir, e controlar seres idiotas para seu próprio pleonasmo e bel-prazer é uma das formas mais, realmente mais, atraentes. E os seres humanos mais cheios de si, que tinham quirodáctilo opositor, sabiam muito bem como era isso. Infelizmente não sabiam, entretanto, que a entidade superior que realmente existia era um pouco, um pouquinho só, perturbada. Não sabiam também que, casualmente, poderia ser tratada como mestre ou narrador. E esse mestre-ou-narrador escrevia textos para concretizar as ações do pobre Wishfull e de tudo o que ocorria naquele planeta. Afinal, aquela criatura superior de fato jogava dados com seu universo, Einstein.

Quase não percebeu que apenas alguns nanosegundos tinham se passado. Aquelas três figuras banais ainda estavam de pé, bancando os homossexuais marroquinos irritantes. Ora, por que simplesmente não iam embora? O jovem garoto não tinha forças para longas conversas naquela situação. Bem, na verdade até que tinha. Mas sabe como é... Já estava de manhã, estava com fome e, acima de tudo, não queria sujar seu belo, belíssimo, chapéu feio. E tinha também o fator missão. Não que desse muito valor àquilo tudo, mas o tempo estava se esgotando. Sabia que estava em guerra ninja, e isso também pouco lhe importava. O fato era que ele sabia que só poderia voltar para casa quando cumprisse o diabo das ordens, e queria voltar
logo para seu lar. Repentinamente levantou-se da rocha que adotara como cadeira de praia. Sua postura era firme e decidida. Deu um salto de onde estava e se pôs de pé em um ato tão clássico que parecia ser ensaiado, inesperadamente agiu como se tivesse tomado uma atitude. Agiu, ficando de pé daquele jeito e encarando os três ninjas, como se tivesse se decidido sobre o que fazer e como fazer. Como se tivesse concretizado sua reflexão filosófica sobre onde iriam comer e outras coisas mais.

Mas não tinha certeza de
absolutamente nada. Quando levantou-se, a única coisa que se passava na sua cabeça eram algumas incessantes e constantes reticências. Alguns talvez dissessem que o garoto não tinha incondicionalmente nada na mente e provavelmente estariam certos, mas também estariam errados. Todos e nenhum, vamos considerar assim. A verdade era que algum ser lá em cima, mestre-ou-narrador, tinha alegremente passado uma borracha, ou backspace, em seus pensamentos. E fez isso apenas para se divertir, e essa era uma das boas alternativas para isso. Afinal, nada nesse universo faz muito sentido. A questão era que um homem sensato às vezes, só às vezes, é obrigado a exaurir-se de todos seus pensamentos para gastar um tempo a mais com suas bobagens. E Wishfull, agora, gastava todo seu tempo ficando em pé, com as mãos nos bolsos, pensando em quase nada - em algum lugar do seu cérebro a palavra fome ainda reinava, mas não era nada demais.

Não era nem por um motivo e nem por outro, mas tudo o que acontecia ali era altamente improvável. Tão improvável que Wishfull imaginou se aquele não seria um bom momento para enlouquecer. Foi nesse exato instante que aquele tal contestável mestre-ou-narrador decidiu que seria uma boa hora para escrever algumas reflexões relevantes para o enredo na mente do pobre garoto. Algumas incertezas poderiam ser interessantes, talvez. Nada que não pudesse ser corrigido se desse errado. No final era só refletir, então alguns experimentos foram feitos.
Oh não, pensava o jovem garoto, eu não sei o que fazer. E assim algumas palavras sólidas finalmente foram se formando na sua mente. Percebeu naquele momento que era melhor evitar a luta a qualquer custo, mesmo que isso lhe custasse algum tempo a mais de fome. Percebeu que estava inapto para lutar e que aqueles três ninjas inimigos eram realmente muito gays. Foram com esses pensamentos sinceros e induzidos que Wishfull chegou à conclusão de que queria muito sair dali e comer o máximo de jujubas roxas que conseguisse - o mestre-ou-narrador também podia sacanear algumas vezes, não?

- Vejam bem, personagens do mestre-ou-narrador - Sacanagem, mas não dava pra evitar - Eu estava só de passagem mesmo. Não é, Zeni? Bom, até mais e obrigado pelos peixes. E não esqueçam que eles fazem sexo na água e essas coisas todas - Fazia o que sabia de melhor. Ser chato. As palavras eram introduzidas no enredo, conforme era descrito nas páginas cósmicas em html, que o jovem garoto ia andando de volta para a trilha. Com um ar de sono e fome, não se importava muito com qualquer coisa. Esperaria seu parceiro vir atrás de si e não deixaria de ficar atento, por mais que fosse difícil não rir das três bestas de sexo controvertível que o ameaçavam. Imaginou que, se não existisse um mestre-ou-narrador para criar ações improváveis, inciaria uma luta sem muito rodeio naquele momento mesmo. Mas não podia fazer nada diante da força suprema da crença superior que o englobava e controlava suas ações e pensamentos. Com passos apressados, porém leves, agora ia andando pela floresta sem saber se havia ali realmente um lobo mal ou não, pensando em pessoas que eram pregadas em cruzes.


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Em Frente

Fome. Era nisso que o jovem Uchiha pensava. Não se importava mais com os três ninjas, mas sim, só com seu estomago. Tanto que nem ouviu as palavras que o homem do meio disse, só viu que o mesmo pegou sua kunai e agora parecia querer lutar. Zeni também o ignorava. Ele tinha tanta vontade de comer os pobres peixes, tinha os preparado com tanto amor e carinho, mas enfim, logo lembrou que estava em missão, e que a mesma logo teria que acabar, não havia tempo para comer, muito menos para lutar.

Wishfull após perdesse em seus pensamentos (como não era novidade), vomitou algumas palavras, em ‘gesto’ de paz, falando que apenas estavam em passagem pelo local, e já estavam indo embora. Zeni não discordou. Apenas seguiu o menino de chapéu bizarro, e deu um ‘tchauzinho’ para os que ficavam a beira do riacho.

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- Fatos acontecidos depois dos diálogos -

Os ninjas, digo, projeto de ninjas ou o que diabo eles fossem olhavam boquiabertos, seus cérebros pequenos tentavam processar a informação - em vão. Era mais fácil pra eles resolver tudo usando a força, a violência. Era assim que as pessoas agiam, era assim que as pessoas normais agiam. Do tipo, bater primeiro e perguntar depois.

A água corria rápida e levava consigo os restos dos peixes estripados pelo jovem Uchiha, numa espécie de funeral-pouco-convencional-puramente-informal-não-ortodoxo que não era de fato um funeral, era mais um ritual estranho de poluição.

Talvez o Zeni não tivesse jogado as tripas fora, só o narrador-mestre-deus (não necessariamente nessa ordem) que havia entendido dessa forma, talvez o gennin tivesse fritado tudo junto sobre as pedras e pedaços de galho e folhas secas.

Seus rostos (dos inimigos) exibiam uma feição estranha, algo com um "What the fuck" e um " Shocked " ao mesmo tempo. As nuvens do céu conspiravam e cobriam todo o sol, apenas um pequeno feixe de luz caindo exatamente sob os peixes. Era o deus-mestre-narrador, que gostava de brincar com as pessoas lembrando que eles estavam com fome, que seus estômagos saltavam.

Algo como uma exclamação surgia no canto da testa do Zeni, ele lembrava que havia esquecido da sua bolsa de armas.

Os dois garotos caminhavam, o com a exclamação na testa e o outro - aquele lá de chapéu estranho, caminhavam rumo a floresta. Rumo a uma trilha não planejada. Por que eles apenas não olhavam o mapa furtivamente e voltavam de volta a trilha?

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~ And now unfortunately... The Larch ~


Desde a criação do universo, podemos afirmar sem sombra de dúvida que um dos maiores números que conseguimos não-calcular é a quantidade de problemas que existem aqui e ali. A velocidade com que as dificuldades se propagam atingem níveis astronômicos. Uma antiga crença diz que, quando o ser humano fabricar uma nave capaz de navegar na velocidade dos problemas, ela cairia em desgraça. Outro fato consumado, também, é que a única quantia tão grandiosa quanto a de problemas é a de soluções. Mais intrigante ainda é saber que número de alternativas para se escapar de um problema é de, aproximadamente, um milhão para cada único problema - e essa quantia dobra quando você não é cristão. Seguindo uma linha de raciocínio lógico que qualquer criança de cinco anos consegue entender, poderíamos classificar todos os fatos apresentados aqui como inúteis, irrelevantes, sem importância e infrutíferos.

Por mais que o assunto seja completamente insignificante, existem mais algumas outras observações sobre o ele que são tão improfícuas quanto de leve interesse público. Os problemas são, em si, algo que deveria ser evitado ao máximo. A maior e mais famosa maneira de se safar dos seus problemas é tirar sete dias de descanso para criar algo completamente novo. Mas poderíamos até rotular algumas formas realmente boas de como evitá-los de forma adequada. Por exemplo, quando você está caindo em um poço de 40 metros de altura, é altamente aconselhável que você
pare de cair imediatamente. Ou até mesmo quando você está redigindo um texto de caráter informal e sem pretensões, o melhor conselho aqui é que você pare no segundo parágrafo antes que coisas completamente absurdas e desconexas comecem a ser cuspidas de qualquer jeito.

Outro exemplo completamente triunfante é o seguinte: Quando você está muito cansado e quer dormir em sua casa velha - localizada em Konoha - mas um ninja de escalão superior interrompe seu sono para fazer sua porta ranger e lhe dizer que você foi instruído a fazer uma missão... você deve bater a porta na cara do sujeito chato e ir dormir. De maneira nenhuma você deve pegar o pergaminho que ele lhe deu, se arrumar, ir procurar seu parceiro de missão, fazer um sinal de positivo e sair para a missão. Não, essa é a pior alternativa possível. A recusa deve-se ao fato de evitar ir para uma floresta de noite com um sujeito desconhecido, sair da rota indicada para comer e ser interceptado por três shinobis doentes. Isso não deve acontecer, principalmente porque - se acontecer - você vai ficar com muita, muita fome. Mas, se isso acabar ocorrendo, você também não deve se retirar e deixar os peixes para trás sem lutar.

Wishfull não sabia nada disso e tomou ações improváveis e nada inspiradoras. Os princípios dos ninjas é único e claro, sua honra é grande e importante, e o garoto fez absolutamente o que qualquer ninja de verdade
não faria. Dignidade era algo que devia ser entregue apenas às pessoas que estavam dispostas a parar para pensar no que aquilo significava, e o rapaz cheio de desejo nunca parou para pensar. Caminhando e cantando, e seguindo a canção, Wishfull foi embora pois esperar não é saber e quem faz a hora não espera acontecer. Seus passos leves e certos não representavam de forma alguma seu interior pesado e inexato. Sua preenchida mente agia em resposta a sua vazia barriga que gritava em desespero e sua calada boca em menosprezo. A medida que ia se aproximando de lugar nenhum, ia expandindo sua mente e percebendo como cada pedaço de cada coisa era extremamente ignorado, pensou que devia pensar de vez em quando.

Era engraçado como cada árvore dali havia sido feita apenas para aumentar a sensação de que aqueles dois ninjas correndo, quase sem rumo, eram pequenos. O céu estava tão peculiar que parecia algo como Deus brincando de Jon J. Muth. A noite já não estava tão quente quanto antes e os pássaros haviam se retirado, indo dormir felizes e descansados - o completo oposto de Wishfull. As folhas de todas as árvores balançavam sincronizadamente ora para a direita ora para a esquerda. Cada passo do garoto de volta para a trilha era descrito muito mal pelo mestre-ou-narrador, mas ele ia dando-os mesmo assim. Pouco a pouco, o rapaz ia voltando para o mundo real e percebendo que todas as árvores e animais do local conspiravam contra ele. E, também, que estava com fome.

Havia um certo tempo para o rapaz em que a comida era abundante e seu descansar era íntimo e supremo - fazia menos de um dia -, agora esses dias pareciam intocáveis. O ato de correr para ele sempre foi banal e simples, agora parecia tão importante que traçou alguns pensamentos inconsequentes. Pensou em um tempo onde toda fonte de alimentos e água seriam raros e a resistência física seria desejada. Tempos de regressão, onde o império global cairia e regressaria à barbarie. Previu exatamente como o planeta se acabaria em guerras desumanas e os shinobis não mais existiriam. E sabia que ele deveria lutar contra isso com todas suas forças e que deveria informar isso a todos. Mas logo chegou à conclusão de que deveria evitar esse problema, que só tinha que curtir suas horas de sono e morrer antes dessa era de caos chegar. Infelizmente, o que o mestre-ou-narrador ocultou para ele, é que as chances desse dia cair sobre a Terra - e todo o universo - desapareceu e uma nova linha de tempo com novas oportunidades surgiu do nada, simplesmente porque o garoto havia
observado a possibilidade de sua existência - o que os especialistas chamam de loucura. Seu estômago roncou.

- Zeni, veja se não marcaram algum ponto de referência aí no mapa simbolizando comida, paz e sossego - Subitamente percebeu que, enquanto andava mais rápido para compensar o tempo perdido anteriormente e, futuramente, o tempo perdido posteriormente, não existiam muitas coisas que o agradassem. Principalmente andar com fome no meio da floresta, correndo o risco de ser abordado por algum lobo faminto. Animais. Pensou por um momento que algum animal fraco e indefeso poderia cruzar o seu caminho, assim poderia fatiá-lo e saborear alegremente seu cadáver. Mas, por mais que quisesse, parecia que os animais daquela floresta apenas o provocavam. Correndo em ritmo acelerado, via toda sua vida passar diante dos seus olhos enquanto caçava qualquer coisa com os olhos.


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Chegando...

Os três patetas não fizeram absolutamente nada, deixaram os gennins de Konoha irem embora, afinal, era exatamente isso que eles queriam. A dupla ainda continuava com fome, e Wishfull, como de costume, reclamava disso. – Não temos tempo para isso agora, já não viu o problema em que nos metemos ha minutos atrás ? – Indagava o pequeno menino de cabelos arrepiados.

Zeni apontava no mapa onde eles deveriam ir, estavam perto, muito perto.

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Os garotos caminhavam, falando pouco. Era bom economizar energias, né não? Tem aquele velho ditado do "Saco vazio não para em pé."

Eles caminhavam, agora de volta a trilha, se seus estômagos falassem certamente estaria gritando pra eles se comerem num ritual canibal agora mesmo.

Mas o mestre-narrador-marinetista (se esse nome existe) do mundo estava de bom humor, ou talvez os deuses dos dados tivessem colocado árvores frutíferas ali na frente.

Zeni estavam sem sua bolsa de armas, o chapéu cobria parte do rosto do Wishfull.

Eles estavam com fome, cansados e com sono. Quem iria escalar aquelas árvores enormes?

Tinham frutos de todas as cores e formas, alguns podiam ser venenosos, outros não...

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~ And now, for me and you... The Larch ~


A Wikipedia define fome como "uma sensação fisiológica que se dá quando o corpo percebe a necessidade de ingestão de alimentos para manter suas atividades inerentes à vida.", também diz que, em casos crônicos, a ausência de comida pode levar a um mal desenvolvimento e funcionamento do organismo. Inutilmente, também diz que quem está com fome está faminto. Não só isso, mas também fala das diversas consequências que a fome causa, como: perda de peso, redução de aprendizagem e produtividade, desnutrição, aumento da taxa de mortalidade, incapacidade de combater infecções e queda na lucratividade de empreses voltadas à fabricação de comida enlatada; As causas sociais também são muitas, passam pela instabilidade política, ineficácia dos recursos naturais, guerras, conflitos civis e outras coisas mais. Fala, quase sem dar interesse, que o Índice Mundial de Fome aponta que o resultado atinge níveis cósmicos de preocupação. Mas a IFPRI sabe como deve evitar problemas e simplesmente não libera essas informações. Como todos nós sabemos, a fome é algo extremamente desagradável.

Já sobre frutos, a Wikipedia define-os como "uma estrutura presente em todas as angiospermas, onde as sementes são protegidas e amadurecem. De forma prática, os frutos são quaisquer estruturas das Angiospermas que contém sementes.". Fala alegremente do modo em que as plantas fazem sexo e como mantêm-se fechadas sobre as sementes até, pelo menos, o momento da maturação. Não exita em citar o quão chato é a vida dos frutos. Também não se contém em afirmar o modo como os primeiros frutos foram originados de folhas carpelares em forma de folículos. Diz que os frutos mais simples nas espécies atuais possuem uma estrutura similar e um bocado de coisa irrelevante. A função dos malditos frutos, segundo o site de informação contestável, é a proteção da semente em desenvolvimento. Informa que existem inúmeros tipos dessas tais frutas e podem ser classificadas de inúmeras maneiras. Entretanto, infelizmente, não cita em nenhum momento que os frutos vêm das árvores e que alguns deles podem ser
venenosos.

Wishfull define a situação em que você está quase, mas não completamente, perdido em uma floresta, com uma fome mortal mas encontra um fruto de caráter duvidoso, como:
Sorte. Havia corrido por horas e escutou calado seu parceiro dizendo que não havia tempo para sair da trilha. Mas, ora, assim como os judeus mais ricos compram casas, não podia ignorar a comida que foi colocada justamente no meio da trilha. A improbabilidade que reinava o ambiente mais uma vez sorria com devaneio para o pobre garoto e deixava-o cheio de desejos. Com olhos de um morcego prestes a pular no pescoço de um elefante, parava sua corrida e fitava amorosamente os frutos. Pensou no quão ridículo era uma árvore com vários tipos de frutas e tentou compreender a quantidade de substâncias ilícitas que o mestre-ou-narrador havia ingerido quando, além da não-casualidade-de-inúmeros-tipos-de-frutas, criou uma árvore tão grande. Percebeu que essa entidade superior devia saber que estavam cansados, por que outro motivo faria se cansarem mais? Ofegante, sentou-se ali no chão mesmo e levou a mão ao queixo, pensativo.

"Ora, eu não vou subir lá", pensava com calma, "e acho que Zeni também não vai..". Enquanto namorava aquela única fonte de inúmeros alimentos distantes, tentou entender, inutilmente, a origem sádica daquele ser superior que se divertia com a desgraça alheia - não que ele mesmo não se divertisse. Sua mão esquerda agiu com a mesma independência que lhe fez entrar no mundo shinobi e, quando resolveu arremessar uma pedra nos galhos mais baixos e frágeis da árvore-sacaneadora, já tinha jogado. Na verdade, nem mesmo sabia se o que tinha arremessado era uma pedra. Podia ser até mesmo outra fruta - o mestre-ou-narrador havia, secretamente, apagado a possibilidade do jovem Wishfull ir procurar frutas já caídas (diversão do sofrimento alheio) -, ou, quem sabe, algum animalzinho sem sorte que passava por ali. Não conseguiu ver aonde sua munição havia ido parar. E não pensou muito depois disso, apenas se dirigiu para baixo da tal árvore e procurou por mais artilharia.

O garoto doente não sabia se haviam passado dois minutos ou vinte, mas havia jogado tudo o que tinha encontrado para cima na intenção de fazer cair algum fruto - desde galhos até um aparelho velho que decidiu chamar de
Ipod - e só lembrou conseguiu lembrar de Zeni quando resolveu parar de parecer faminto. A liberdade limitada de interpretação de Wishfull não lhe permitiu pegar uma ou duas frutas do chão e pensar no que fazer após isso. Ao invés disso, o que podia fazer era apenas afirmar que pegaria uma ou duas frutas do chão se existisse realmente alguma lá. O que, em si, é bastante desagradável devido a sua impossibilidade de detalhamento maior. Porém o garoto não pegou nenhuma fruta do chão, havendo alguma lá ou não. Concluiu um pensamento que havia proposto há algum tempo: "E se forem venenosos? Era fato incontestável que não se deve aceitar doces de estranhos. Esse ato se torna ainda mais perigoso quando não são doces e sim comidas nutritivas, e quando o estranho é um psicótico onipotente que gosta de estranhas maneiras de divertimento. Ficou olhando para os frutas no chão, se tivesse alguma fruta lá caída, e imaginou que deveria pensar em alguma coisa. Mas não pensava em nada.

O ato de oxigenar o cérebro é algo tão simples quanto partir o núcleo de um átomo apenas com as mãos. Wishfull sabia que devia pensar, e também sabia que não ia fazer isso. Por um instante, imaginou que seria bom se Zeni comesse primeiro alguma daquelas frutas, então observaria se seu parceiro iria morrer, se contorcer o algo parecido. Se sim, ele não ia comer os frutos. Se não, ele também não iria, mas seria bom fazer uma experiência; Estudos miraculosamente doentios mostram que pessoas sob pressão não trabalham bem. O que é ainda mais perigoso se você não é uma pessoa e se for, por exemplo, um shinobi. Uma fruta de formato estranho e coloração hedionda repousava na calorosa mão de Wishfull. Ela não sabia se fugia como covarde ou se lutava como herói, então só manteve-se parada. O ato de decidir entre duas opções ruins era algo muito presente para criaturas do mestre-ou-narrador e, na maioria das vezes, essas acabavam escolhendo a pior opção. O que não significava que a outra alternativa seria melhor em qualquer ponto de vista.

O garoto cheio de desejo por aquela fruta não sabia qual das opções era realmente pior. Comer ou não comer, eis a coisa toda. Provavelmente não entenderia que
não havia opção melhor se o ser de superioridade cósmica não tivesse enfiado algumas informações em seu cérebro. Entendeu, do nada e sabe-se lá como, que qualquer que fosse a decisão que tomasse, ela seria a melhor. Seu pensamento era obscuro e nada compreensível para ele e até mesmo para a entidade suprema que jogava dados, mas talvez fosse de fácil esclarecimento para o ser que jogava dados com as criaturas que jogavam dados com ele; Com um pensamento na cabeça, uma fruta na mão e nada no estômago, comeu aquela coisa horrível em uma só mordida. Foi tão rápido quanto uma prostituta barata e mal pôde descobrir se o gosto daquela coisa era pai d´égua ou não. O rapaz inconsequente não notou que a narrativa havia cancelado o uso usual do se a fruta estivesse lá. Isso se deu ao simples fato de, outra coisa que ele não entendia, Wishfull não saber se havia realmente um fruto em suas mãos ou se sua mente estava simplesmente lhe pregando peças - recurso interessante esse, provavelmente irá ser usado posteriormente.


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Puuts -.-'

Três horas. Isso era o que faltava de tempo para chegar no destino final, calculou Zeni, analisando seu mapa. Ainda estava com fome e seu parceiro aparentava o mesmo. As nuvens corriam umas atrás das outras, como se fossem estar brincando de pega-pega, e o sol, estava lá, soberano, como se fosse o ‘bando’.

De repente Wishfull para. Fica apreciando uma arvore com frutos. E como se fosse mágica, ele consegue um fruto somente, e poucos segundos depois ele não estava mais ali. O menino de chapéu bizarro havia comido a fruta em uma única mordida, mais parecendo um leão feroz. Os dois sabiam bem que aquelas podiam ser frutas venenosas.

Zeni não se importou, só não repetiu a mesma coisa. Preferiu não arriscar. O pequeno Uchiha colocou a sua mão na bolsa de armas, para pegai uma kunai e pegar alguns frutos para seu parceiro faminto. Mas para sua surpresa, não havia nada em sua perna direita, onde ficava a sua bolsa. – Puts, esqueci lá no riacho. – Reclamava o jovem. Pensava consigo mesmo como iria recuperar suas armas, não poderia perder muito tempo, porque devia acabar logo a missão.

- Kage Bushin no Jutsu – Exclamou Zeni. E num instante apareceu um clone seu. O Uchiha não dominava a técnica ainda perfeitamente, por isso seu clone ainda apareceu com alguns defeitos, mas nada que atrapalha-se o que ele tinha para fazer. A missão do clone era fácil: buscar a bolsa de armas que Zeni havia esquecido no tal riacho. – Ela esta do lado da pedra, vá ! – Terminava o jovem.

Agora só restava aos dois esperarem.


Spoiler :

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Mitsashi pensava sobre o fato de não haver frutos no chão, talvez ele não tivesse procurado direito, talvez a fome não o tivesse feito ver direito, ou algum animal comeu o que caia.

Ele jogava pedras pro alto, elas subiam e desciam, e algumas frutas caiam. Nenhuma que vocês de fato conheciam.

O Uchiha fazia um kagebushin ao perceber que havia esquecido sua bolsa de armas, mas o clone de fato não parecia um clone. Os olhos eram maiores e a boca consideravelmente menor.

Zeni lhe deu uma ordem simples, o clone sumia dali correndo. Talvez não demorasse muito. Certo?

Os dois garotos sentaram, Mitsashi havia derrubado frutas suficientes para os dois. Que comiam feitos animais, enchendo o seu estômago com a maior quantidade de frutas que podiam comer.

Se passaram 10 minutos até algumas informações surgirem na mente do Uchiha.

O clone havia pego a bolsa de armas, não havia mais ninguém lá, e ele havia se desfeito ao trombar com uma árvore, não muito longe dali. Junto com as informações veio o cansaço.

O Uchiha se levantou e foi até onde o clone havia se desfeito, encontrando lá sua bolsa de armas. No mesmo instante que o Wishfull, cheio de desejos, via uma lebre passar exatamente pela sua frente e correr ao perceber uma presença alheia.

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