Parada do Almoço.
Eu estava agora na praça sentado no galho de uma árvore e apoiado com as costas no tronco, segurava uma tijela de ramem de porco e a devorava, realmente o ramem do Ichiraku era o melhor. (Sim, vou tirar o dinheiro da minha ficha) Eu tinha passado no Ichiraku minutos antes e comprado a tijela, o local estava cheio pelo horário de almoço e decidi que era melhor comer fora. Quando estava quase terminando, um vulto aparece um pouco abaixo do galho onde eu estava sentado.
-Akasuna no Hayate, o Regente solicita a sua presença.-
Eu erguia uma sobrancelha e respirava fundo comendo o último pedaço de carne que sobrava no prato.
-Está bem, já estou indo- Com um tom de voz indiferente.
“Bem na hora em?”
O aparente chunnin desaparecia correndo da praça. Eu me colocava de pé sobre o galho e me esticava perguntando a mim mesmo o que será que tinha acontecido, desaparecendo junto ao pensamento com um leve Shunshin no Jutsu em direção ao prédio onde os regentes ficavam. No caminho jogava o lixo que tinha levado comigo em uma lixeira e ia andando o resto do pequeno caminho até dentro do prédio. Entrando lá, ia até a porta dos regentes e parava em frente à porta onde estava um jounnin que me olhava e entrava pela porta a deixando aberta e fazendo um sinal para que eu entrasse. Somente fazia um movimento de cabeça o agradecendo e então fitava os regentes que me olhavam.
-Boa tarde, os senhores queriam me ver?- Falava isso abaixando um pouco a cabeça e voltava a olhá-los.
Verificação.
Depois de tudo explicado e resolvido, eu aceitava a missão e partia para casa recolher algumas coisas. Quando estava pronto, ia até o portão, os rumores diziam um local proxímo da vila onde tinham visto um pouco de fumaça.
-Bem, tenho que começar de algum lugar... seria mais fácil mandar algum rastreador e não eu- Falando para mim mesmo.
Então passava pelos portões já mergulhando no meio da floresta. Os primeiros metros ia saltando para ganhar tempo, depois parava em um galho.
“Acho que aqui está bom..”
Eu saltava para o chão e começava a andar observando o local em volta, não queria ir saltando por tudo fazendo muitos barulhos e alertar que estava por perto, andava o mais cautelosamente possível, se eles estavam se movendo, eles não deveriam mais estar lá, mas era sempre bom ter cuidado. Andava praticamente procurando não fazer barulho, desviando de galhos e folhas secas caídas no chão. Demorava alguns minutos para chegar no local, que para a minha surpresa, ou não, estava deserto e sem sinal de que alguém tivesse passado a noite ali. Ficava parado na entrada de um local meio aberto e olhava em volta, aparentemente não havia nenhum sinal mesmo por ali a não ser... Eu ia andando até quase o meio do local e me abaixava, o local ali estava com uma grama um pouco diferente, parecia ter sido simplesmente jogada por cima de algo, e quando eu mexia no local, percebia estar correto, a grama só tinha sido jogada por cima, quem passasse correndo nunca iria perceber aquilo. Eu retirava a grama e percebia um circulo formado no chao e cavando um pouco percebia misturada com a terra, um pouco de cinzas.
“Então sim, houve uma fogueira aqui, mas será que foram essas pessoas dos rumores? Pode ter sido qualquer um, mas... qualquer um não iria se incomodar em camuflar essa fogueira e nem escondido sinais de que estiveram aqui.”
Eu me levantava agora olhando em volta, eles podem ter deixado algo passar, seria uma possibilidade, eles não pareciam muito bons em esconder os rastros como eu havia pensado. Com os olhos analisando cada folha, galho e terra em volta, eu percebia em uma moita um pedaço de galho quebrado que foi grosseiramente colocado no lugar.
“Não tenho mais pistas mesmo...”
Indo agora naquela direção e tomando muito cuidado, começava a achar que os rumores poderiam realmente serem verdadeiros.
Os rastros eram muito poucos e a maioria impreciso, mas a noite estava chegando, eu precisava me aproximar rápido antes que a escuridão me impedisse de prosseguir, mas não muito rápido para me impedir de perceber os mais leves indicios de movimentação de alguém.
Durante horas andando, a noite finalmente chegava, eu tinha vindo com um pouco de pão na mochila e comia enquanto me sentava no chão agora só com a luz da lua passando no meio das árvores acima e a luz fraca da cidade vinda ao lado.
“O que será que eles querem rondando por aqui?”
Eu conhecia bastante a região, e sabia que eles estavam fazendo uma volta pela vila, pelo menos era o que parecia. Depois de comer, começava a arrumar uns galhos e gravetos para acender uma pequena fogueira, para não chamar atenção. Mas algo chamou a atenção, eu vi de relance um brilho um pouco mais forte do que o normal vindo de longe no meio das árvores e logo desaparecia. Eu ficava parado do jeito que estava sem tirar os olhos da luz misteriosa.
“Será?”
Quando então finalmente eu via outro brilho e confirmava as suspeitas. Largando os pequenos galhos no chão com cuidado e sem tirar os olhos do local onde o brilho tinha aparecido e desaparecido duas vezes, seguia naquela direção o mais silenciosamente possível no meio do escuro, tomava cuidado para nao tropeçar e não tirava muito os pés do chão, assim não passando por cima de um galho solto e o quebrando, quando sentia algo, simplesmente eu ia desviando. O brilho parecia ficar mais forte e mais longe a medida que me aproximava, quando bem perto, dava para ver que era uma fogueira média que balançava pelo vento e eu estava vendo o brilho pelo meio de um arbusto que quando o vento batia, deixava um buraco por onde a luz da fogueira era lançada até o local onde eu estava. Chegava perto me escondendo atrás do arbusto e ficava em silêncio na total escuridão. Então olhava através dos galhos e das folhas do arbusto o possível acampamento.