A Ilha dos refugiados

----Chegamos--- Um murmúrio baixo.
 
---Mais uma missão entediante, e dessa vez no ** do mundo---- resmungou Ookami.
 
---Não reclame, é uma missão importante para a vila--- Retrucou a menina, estava animado, havia se passado meses desde que não havia entrado em uma missão para a vila, e o marasmo dos treinos já havia lhe levado parte do humor e da força de vontade.
 
Puxou o capuz vermelho revelando assim uma menina aparentemente magra para sua idade, cabelos castanhos escuros presos a um enorme laço vermelho no topo de sua cabeça, as roupas sacerdotais que vestia por de baixo da capa provavelmente não era algo muito comum, mesmo assim ela não parecia se importar muito em escondê-las.
 
Um espirro leve havia viajado por mar e a humidade nunca lhe foi algo benigno para sua sorte, dessa vez não havia sido atacada com a alergia que tanto lhe incomodava.
 
---Então, qual era o nome mesmo?--- Indagou-se, enquanto caminhava distanciando-se dos sons das gaivotas e do cheiro forte do mar, e em poucos minutos, ela estava completamente perdida, não pelo fato da vila ser grande, mas sim porque suas casas acinzentadas se amotinavam uma sobre a outra, deixando as ruas sem um padrão definido e um verdadeiro labirinto para as pessoas de cabeças avoadas como Suzuki.
 
--Mais um beco sem saída... --- ironizou sua companheira.
 
---Droga... ---
 
---esta perdida menina?---
 
Era uma voz masculina, Suzuki se virou e fingiu star assustada ao ver-se completamente cercada por vários homens mal encarados, e pelas informações que a genin recebera de suas andanças até aquela ilha, provavelmente não eram pessoas de bem.
 
---Não, não estou... Muito obrigada por perguntar--- Recuou dois passos, até que suas costas se chocaram com a parede fria atrás de si.
 
---Vai espanca-los? Ou mata-los?--- disse Ookami alegremente com a ideia de finalmente ver sangue humano.
 
---Nenhum dos dois, isso estragaria meu disfarce---.
 
---Ei vocês o que pensam que estão fazendo com essa menina---
 
Um suspiro estava salvo, um guarda apareceu por de trás dos mesmos e cortou entre eles sem se importar com os possíveis bandidos, cabelos claros, olhos brilhantes, pompa de um herói das mangas que Suzuki costumava ler.
 
---Ei pessoal, como podem fazer isso... Como podem não me chamar, olhem para ela, com certeza não é daqui deve estar cheia de dinheiro--- Gritou o guarda alegremente.
 
Decepcionada (lê-se com veias na testa) Suzuki apontou o dedo para o mesmo.
---VOCÊ NÃO DEVERIA SER UM TIPO DE GUARDA OU HEROI---
Uma risada explodiu em meio ao grupo demorou um pouco para que eles pudessem se recompor.
 
---ela realmente não é desse lugar. ---
 
---Eu sou uma aprendiza de sacerdotisa... Vim do sul, quando meu templo foi destruído... Estou à procura de certo monge... Disseram-me que poderia conseguir asilo com ele aqui. —
 
 Não havia espaço para negociações ou mesmo para conversa, quanto mais tempo se passava pior ficava sua situação, ela correu em meio a eles, por possuir um corpo pequeno e ter uma extrema habilidade com os pés não foi impossível atravessar o grupo sem se quer ser tocada, mostrou a língua para os mesmos e saiu correndo, escadaria a baixo.
 
--- tenho que encontrar alguém que me leve até esse shinobi... --- Pensou a mesma.
 
Ela só parou quando se sentiu segura e vir que não estava sendo perseguida, deparando-se assim com a pequena vista de uma praça central, pessoas de todos os tipos passavam por ali, e quando se dizia que aquele lugar era de refugiados parecia não menti vários tipos de roupas demonstravam a mistura daquela pequena vila.
 
 Suzuki aproximou-se de um homem, alto magro quase esquelético, rosto largo e nariz protuberante, possuía roupas muito semelhantes as das figuras do templo do pais do ferro e por isso ela ao menos suspeitou que fosse um monge.
 
---Com licença... --- 
 
Com voz baixa e delicada, Suzuki se aproximou do homem que se virou calmamente para atender ao seu pedido.
 
---Sim... ---
 
---Estou a procura de um monge, ele se chama Okami... ---
 
---HUM não me lembro de bem, acredito que há alguém com esse nome na nossa ordem, mas não estou certo... Se quiser pode nos acompanhar, estamos voltando para o monastério, e talvez lá você o encontre.
 
Com uma leve afirmação a genin passou a acompanhar os monges em direção ao monastério, de lá se tivesse sorte encontraria o shinobi infiltrado e poderia dar mais um passo em sua missão.

Never estava em uma cama com o médico da base militar fazendo alguns exames, ele o apalpava com  a mão procurando sentir seu fluxo de chi e onde os fluidos do corpo estavam acumulados.
-Hummmm, sim você está bem machucado mas duvido que os bandidos te contaminaram com alguma coisa... pelo menos nada agressivo para manifestar sintomas em menos de 48 horas, o que é bom suspeitei que poderiam ter usado um certo veneno que pode ser coletado em um peixe dessa ilha.
O monge de levanta na cama e fecha o robe fazendo um sinal de prece e uma reverencia em agradecimento.
-Obrigado pelo tratamento por conta da casa doutor.
O médico ajusta os óculos e responde friamente.
-Eu só chequei se estava tudo certo, fale de mim em qualquer relatório que fizer e estamos quites.
O Chuunin solta um sorriso amarelo tentando ser simpático e indica que sim.
-Ah, doutor, eu ouvi falar sobre um incidente com cães de caça você ouviu alguma coisa assim?


O médico prestes a sair já no beiral da porta coça o queixo e diz.
-Parece que o tratador de cães esqueceu a porta de uma gaiola com 50 cães aberta durante a noite, foi um desastre quando alguma corrente de ar abriu a porta, um dos meus colegas na farmácia também apareceu morto, se intoxicou manuseando certos produtos químicos com a janela fechada... claro isso é o que falaram isso é muito improvavel de acontecer de uma vez todos suspeitam que alguém fez isso.


Never faz uma expressão preocupada.
-Tudo o que não precisamos é que a guerra chegue aqui... os cães foram todos mortos?
O médico suspira de certa forma aliviado.
-Sim, expos os corpos no pátio enquanto interrogava vários soldados em busca do culpado foi um negócio bem sujo, fiz questão de não olhar pela janela.


Sem dar tempo de Never fazer mais alguma pergunta ele sai apressado pela porta.
-Aaaah Hatsumi, seja lá quem fez isso foi muito descuidado realmente foi bem óbvio que alguém fez isso... provavelmente um amador não acha?
A cadela exausta em um canto do comodo solta um ganido.
-Você também não foi uma estrela na primeira missão que nos separamos.
Never inexpressivo pensa.
“Você pode estar cada dia mais inteligente mas não sei se posso contar com você para agir sozinha, esse trabalho foi muito mal feito vou ter que esperar as coisas acalmarem, duvido que aquele farmaceutico era o único a conhecer a fórmula.”


Never se levanta e olha em um humilde espelho embaçado de seu quarto a quantidade de cicatrizes pelo seu corpo.
-Eu deveria fazer alguma coisa sobre isso, não quero que pensem que eu sou um cara violento pela quantidade de cicatrizes que eu tenho Hatsumi.
Ele é interrompido por um dos membros jovems da ordem, junto com uma garota com vestes de sacerdotiza.
Com uma pequena checagem de seu faro ele sabe que aquela garota não pode ser uma monge, sua pele estava esmerada com cheiro de sangue.
Hatsumi olha intensamente para os dois sem sair do lugar.
-Sim? Estou colocando o robe se não se importa.


O jovem responde sem graça.
-Desculpe Okami senpai, deveria ter batido na porta... e não ter entrado com ela.


Never responde de forma rigida.
-Ja fez Youmi...
Ele amarra o robe apressadamente em silencio, deveria fingir que conhecia essa pessoa ou não? Ele deixa o membro mais novo e inseguro do monastério responder sozinho.
-Eu encontrei essa jovem pelas ruas ela procurava algum monge com seu nome.
Ele sorri simpático e pede.
-Bom que eu saiba não tem ninguém com esse nome no monastério menor do outro lado da ilha, por favor eu ainda estou dolorido pode me trazer um chá com propriedades analgésicas? E alguma coisa mais doce para nossa convidada?
Assim que ele sai Never se senta na mesa calmamente, a essa hora quase todos os monge estavam trabalhando longe do dormitório enquanto Hatsumi ficasse atenta a qualquer vibrassão de passos no tatami ou cheiro de alguém se aproximando estaria seguro para falar abertamente, ele fala em um tom baixo mas audível e firme.
-Certo, você está impregnada de cheiro de sangue, você tem 30 segundos para falar ou você não vai sair viva desse quarto, e não pense que eu estou preso nesse quarto com você, você está presa nesse quarto comigo.
Hatsumi calmamente deita na frente da porta sem tirar os olhos da recém chegada.
-Mãos na mesa! se eu ver suas mãos se juntando ou indo em direção a algum bolso eu arranco sua traquéia antes das suas mãos!


Se never tivesse pelos, estaria completamente eriçado, não é a primeira vez que algum shinobi se aproxima dele parecendo procurar ajuda, apesar de que está claro que está sozinha e que é uma gennin não baixaria a guarda mas sabe que pode cuidar da situação, o problema seria onde esconder o corpo...

Era realmente surpreendente os olfatos daquele homem, e suas palavras ameaçadoras surtiam certo efeito em Suzuki, sem duvida, estava viajando a meses e lutara contra vários ladroes em meio ao caminho, mas não sabia que o cheiro de sangue era tão forte a ponto de ser sentido, ao menos não por faros humanos,  ela surpreendentemente pos as mãos sobre a mesa e olhou em volta, certificando-se assim de saber cada saída daquele lugar, se fosse um impostor, não permitiria que saísse vivo dali, mesmo que sua missão fosse posta em perigo, sorriu calmamente.

---De forma alguma penso que estou presa aqui...---

Presunção era de fato uma raiz uchiha que vez ou outra fluía na pele da genin, com as mãos ainda sobre a mesa a genin se virou para ele seus olhos agora tomavam sua coloração rubra, os três tomoes eram bem visíveis sobre a pupila enegrecida.

---Sou Suzuki... meus olhos te dirão exatamente de onde sou...não preciso de mais palavras, para que você entenda...---

A partir do momento que os olhos do homem que se dizia ser  Okami se encontrasse com os dela ela faria a pergunta.

---E você, é mesmo o monge Okami---

Deveria ter certeza, não poderia falhar, se o mesmo não identificasse o sharingan ou mesmo respondesse sua pergunta de forma exata, se identificasse os musculos faciais se movendo a procura de uma resposta, a menina teria certeza, não era ele.

---Já disse me mandaram de longe para te procurar...---

Never olha nos olhos da garota e seu corpo relaxa.
-Hummm, eu sugeriria não mostrar seus olhos no caso de um Uchiha é bem facil medir o tamanho de suas habilidades dessa forma, aaah mas o que esperar desse pessoal que desfila com as bandanas a mostra... sou Never aqui você tem que me chamar de Okami ou vai atrapalhar minha função, quais são as novida...
Hatsumi levanta as orelhas e Never gesticula para que ficasse quieta.



O monge que a trouxe culoca um xá na mesa e um copo de agua para a jovem, ambos em xícaras de barro rusticas.
-Obrigado, eu te dei bastante trabalho essa manhã mais tarde preparo uma porção de carne seca para você e os outros que não fizeram votos para compensar eu não estar trabalhando.
O jovem não fala nada mas fica feliz com o agradecimento e vai embora cuidar de suas tarefas.
-Esses ferimentos foram autoinfligidos, usei para conseguir uma distração em uma investigação não se preocupe...
Com a ajuda da saliva de Hatsumi os ferimentos estavam limpos e em pleno processo de cicatrização, era um jutsu único e pensava se deveria passar o conhecimento para o resto do clã, ele toma um gole do chá amargo e pergunta.
-Bom você estava dizendo...

Suzuki riu e coçou a cabeça, seus olhos voltaram a sua coloração normal, ela puxou um pequeno pedaço de papel em branco, em formato dos usados em selos explosivos  e o tocou, fazendo com que o selo que havia guardado para emergência retornasse para o papel.
Sem se preocupar direito sentou-se na cadeira ao lado e se sentiu ainda observada pelo cão, não negava estava incomodada.

---Então quem olhasse em meus olhos provavelmente se enganaria legal--- Riu novamente, e olhou para ele. ---Não sei se tenho todas as informações necessárias, como sabe nós nunca sabemos de
tudo...---

Levantou-se e deu alguns passos em direção a janela.
 
---Parece que um novo tipo de droga chegou no mercado negro... se chama nostalgia... eu não sei muito bem como funciona, mas sei que causa sérios danos ao cérebros dos shinobis... acredito que Konoha vê isso como um inimigo em potencial mandou que você me ajudasse a encontrar  a matriz, destruir os envolvidos e levar a formula para que konoha pudesse analisar.---

Suzuki fechou os punhos e então voltou-os a abrir.

---  então... espero que me ajude a acha-la Okami-san... ---

Never interrompe um gole na metade.
-Ugh parece chá de wasabi... bom pelas minhas marcas acho q vocês duas já podem relaxar, sou um Inuzuka.
Hatsumi parece um pouco mais relaxada, entendendo a deixa.
-Seja mais realistica com suas habilidades eu conheço você, bom os rumores sobre a nova leva de Gennins, ultima vez que passei em Konoha você era a Uchiha que parecia viciada em treinos, bom é um ótimo vicio se me perguntar... desde que não se esqueça que é uma humana antes de uma Shinobi.
Ao escutar sobre a droga ele pousa o chá de forma um pouco mais brusca na mesa.
-Drogas... drogas... eu estou investigando isso agora, mas uma outra droga Slowmo se chama... acelera o funcionamento do cérebro faz com que você sinta que o tempo está passando mais devagar, quando na verdade sua mente está na velocidade limite, os movimentos mais rápidos se tornam fáceis de desviar e acertar pontos críticos em sequencias de golpes extremamente rapidos e precisos se torna muito fácil... é uma arma perigosa... cheguei a enfrentar um usuário, mas matei ele depois que arranquei todas as informações que pude.



Ele termina seu chá em um golão e continua.
-Não gosto disso estão desenvolvendo muitas drogas, suspeito que as vilas inimigas estão patrocinando o crime organizado para desenvolver drogas extremamente complexas, mas o estranho é que estão dando versões experimentais para os soldados e shinobis... isso é extremamente estúpido não acha? É caro treinar peões de guerra por que não testar em pessoas normais? Porque sacrificar os próprios agentes? Me diga tudo o que sabe sobre essa tal nostalgia...

Ele se levanta, puxa uma placa solta do tatami e remove algumas roupas e uma mochila, seus equipamentos ninja.
-Fique de costas vou colocar o equipamento por baixo... Acho que temos o mesmo objetivo, a raiz de ambas as drogas deve ser a mesma... mas essas organizações costumam ser uma piramide os vendedores e usuários não sabem de quase nada da produção... precisamos achar um chefe do trafico e interroga-lo só a partir daí podemos entender o esquema e decidir o próximo passo... isso será uma missão de furtividade não combate, temos que encontrar a casa de alguém desse nivel na hierarquia nos infiltrar e não criar uma chacina na casa, consegue fazer isso? se for para chutar a porta e atirar shurikens para todos os lados eu faço sua parte da missão...

Um breve silencio, Suzuki abaixou sua cabeça e voltou a olhar para ele.
---Para aqueles que se tornam shinobis e assassinam, não podem mais se chamar de humanos...--- Voltou a sorrir---Ou pelo menos foi isso que minha amiga de me ensinou---

Suzuki  ouviu toda a explicação sobre a nova droga que o shinobi Never estava investigando, de fato, coincidências não existiam nesse mundo, e era muito provável de que os fornecedores eram os mesmos.

--Realmente, para shinobis comuns possuir tal habilidade poderia facilmente mudar os rumos da guerra... quando penso nisso, não deixo de ficar com calafrios... Drogas, ataques terroristas... monstros de lava gigantes o pais do arroz afundando... sera que realmente Konoha tem chances de vencer?---

Ela coçou a cabeça e voltou a olhar para ele pensativa até ouvir o homem falar que a missão seria de infiltração e não de sair espancando qualquer pé de chinelo que aparecesse, após alguns minutos ela ainda parecia não entender, até que coçou a cabeça, enquanto um corvo sobrevoava a janela.

(aho aho) (è usado em animes quando a pessoa é realmente idiota)

--Acho que entendi.... não é pra sair espancando as pessoas... não se preocupe... já fiz uma missão de infiltração... um vez eu acho...Eu queria saber se você tem alguma pista... algo palpável sobre a missão---

Never derruba um pouco seu sorriso um pouco.
-Se esquecemos que somos humanos nos tornamos frios, as atrocidades que fazemos perdem o peso e lentamente ficamos insanos, ou pelo menos idiotas com excesso de autoconfiança isso e nossos vícios fazem a morte nos encontrar mais rápido...
Ele afivela a bolsa de armas e diz com um tom grave.
-Cuide muito bem da sua amiga e de você mesma quando estiver perto dela, pela minha esperiência quem pensa assim costuma se tornar absurdamente forte e monstruoso ou morrem em menos de 3 anos depois do Chuunin Shiken, e sim eu fiz uma estatística quando quebrei uma série de ossos e fiquei alguns meses desativado...


Quando Suzuki confessa sua falta de confiança sobre Konoha, Never sorri como um irmão mais velho.
-Haha, relaxa só parece que estamos tão mal porquê você não foi do outro lado ver como as coisas estão, não são só eles que estão atacando, são taticas desesperadas... existe vitimas do outro lado, órfãos, refugiados, fome destruição... acho que os recursos deles estão acabando apesar de ainda estarem batendo com força em nós...


Never termina de colocar as roupas e vendo que o sol está se pondo diz enquanto afia suas armas com uma lima, esperando pela lua.
-Sim, o médico que você deve ter visto na saída ele trabalhava em uma das farmácias do exército, ele tem a fórmula... com tempo para interroga-lo não deve ser difícil conseguir essa fórmula, ou pelo menos uma versão codificada da receita... o problema é, essa ilha é realmente muito protegida pelo exército e por shinobis, ele não pode estar sem proteção 24 horas, apesar de que ele anda pela cidade livremente... mais agua? A jarra está cheira.
Após servir mais um como ele continua.
-Alguns civis de importância recebem um tipo de proteção, que eu chamo de espírito guardião, se trata de um shinobi especialista em furtividade ou disfarce que está sempre observando a pessoa a ser protegida, entra em ação com o elemento surpresa se ver alguém ameaçador por perto... MAS por mais habilidoso que uma pessoa seja sempre se comete alguns enganos, que geralmente não são descobertos simplesmente porque ninguém suspeita da presença do ninja para começo de conversa.


Never coloca a Kunai gigante nas costas.
-Nós vamos procurar o guarda costas antes de fazer qualquer coisa em relação a vítima, eu nunca ensinei esse truque a ninguém então não acho que o shinobi estará esperando alguém atrás dele, se ele usar qualquer tipo de jutsu eu e Hatsumi podemos sentir o cheiro do chakra...
Ele coloca a mão na cabeça de Suzuki.
-Aproveite essa oportunidade para aprender, é difícil encontrar um shinobi disposto a compartilhar seus conhecimentos se não por ordens superiores... vamos?

Os olhos da menina permaneciam estatelados diante do fato de Never contar sobre os ossos quebrados, sera que o chunin shiken era tão terrível como comentavam, se possível queria voltar do Cs com todos os ossos no corpo e se possível inteiros, e sorriu no momento em que ele disse para ela manter sua amiga sempre a perto, no final as duas eram inseparáveis, de corpo e alma, literalmente.
Ela estendeu o copo e tomou toda a agua de uma vez só, era bom depois de tanto tempo presa em um morfético navio com a agua em condições de higiene precárias.
---Uma curiosidade, quando fez o exame... ele foi tão difícil? Existem  boatos de que deixaram de ser apenas um exame para ser um verdadeiro teste de vida ou morte...---
Caminhou alguns passos até sentir um leve afago em seus cabelos negros, e explicou sobre como poderia pegar o shinobi que vigiava o medico, seria uma tacada de sorte, e não pensou em perguntar a ele se havia um plano B se caso falhasse, mas desistiu, sabia muito bem que shinobis mais velhos sempre possuíam uma cartada na manga e ela queria ver aquilo em ação.

---sobre os treinos... espero que não tenha ouvido muitas coisas más de mim... todas as pessoas que conheci... todos os meus amigos mais intimo... minha família... sem qualquer excessão desapareceram muitos... porque eu não possuía poder para defende-los--- Um leve sorriso amargo.--- Eu decidi então ser forte para não perder mais as pessoas, o mundo shinobi sem excessão é cheio de incoerências... quanto mais forte você se torna... mais distante e ofuscado fica seu foco sobre as coisas importantes.

Ela riu ao se distanciar e esperou para acompanha-lo.

--Espero que consiga aprender algo, mas todos me chamam de burra só porque erro umas duas ou doze vezes ---

Enquanto ainda atenta olhando para o chunin e conversando, sem ver tropeçou batendo a cabeça com tudo sobre a parede ao lado da porta, se levantou ainda com a testa inchada e fez um V com os dedos.

---Não se preocupe... eu estou bem.---

Never sorri de forma sincera.
-É um teste para checar quem tem força de vontade para suportar a pressão e eliminar os idiotas, crianças não devem assumir a responsabilidade de adultos... se você for inteligente e conseguir manter a cabeça fria vai ser só uma experiência desagradável, afinal apenas gennins considerados treinados o suficiente para pertencer ao rank chuunin chegam a ser inscritos por seus superiores...


Ao ouvir a garota falar sobre esse assunto trágico Never pensa.
“Para falar sobre isso com uma pessoa estranha com atitude um pouco mais calorosa, ela deve estar guardando isso sob pressão a muito tempo...”
O Chuunin coloca as mãos nos ombros de Suzuki.
-Meus pais traíram a vila... e eu fui sozinho por grande parte da minha vida, eu entendo o que é solidão... e sei o que você sente, já vi amigos morrerem e me traírem várias vezes... meu próprio clã não me aceita por não ser um Inuzuka puro sangue, e pela história dos meus pais...
Never mostra o colar com um dente canino.
-Esse dente é da loba que foi minha guardiã até eu me formar na academia, ela era minha mãe de verdade, e nunca duvidei disso, no fim não tenho sequer interesse de conhecer meus pais... depois eu conheci meu sensei que se tornou um grande amigo, talvez o único humano que eu confie, por causa da minha solidão me tornei muito forte, forte suficiente para proteger a Hatsumi, e descobri vários prazeres na vida que me fazem continuar vivendo e sendo um humano...
Never aponta para o pequeno altar no canto do quarto.
-Eu não posso te provar que deuses existem, mas eu posso entender como o mundo funciona, em tudo existe um equilíbrio apesar de não parecer, depois da morte vem o nacimento, se você está infeliz agora a vida lhe dará muita felicidade se puder esperar... depois dessa guerra, virá um longo tempo de paz, a quantidade de homens com vontade de matar será pequena por muito tempo pois seus corpos terão fertilizado os campos...


Ao bater a testa na porta Hatsumi solta um ganido, e Never diz preocupado mas paciente.
-Você se esforça demais esse é o problema, hoje você irá treinar sua mente.
Ele dá um peteleco na testa da Gennin.
-Seu objetivo é relaxar, faça o que precisa ser feito mas não estresse com os resultados, isso é uma ordem entendeu?

Um brilho suave e gentil da luz da lua cheia, a escuridão ferrenha da noite havia finalmente tomado espaço no ceu e por causa da baixa iluminação era possível ver sem problemas pequenos pontinhos brilhantes no firmamento celeste,  e era a hora de Suzuki e o Inuzuka saltar pela janela do monastério e pousar sem grandes problemas na grama verde, não precisavam e nem deveriam permitir que qualquer um dos monges os vissem saindo aquela hora da noite.

Com um salto veloz os dois finalmente saltaram pelo muro do monastério e continuaram a correr por entre as vielas sombrias e casas, evitavam os grandes agrumeramento de pessoas e sempre que podiam pausavam para que never explicasse alguns funcionamentos extras e de pessoas que poderiam ser suspeitas, ou um dia, interrogadas.

---È a primeira vez que encontro um Inuzuka, o faro de vocês parece bastante apurado.--- comentou a garota inocentemente, de fato era a primeira vez que conhecia um Inuzuka, antes disso só ouvira rumores sobre aquele clã mas como estava tão presa aos seus treinos ela normalmente os ignorava.

Finalmente após alguns minutos os dois finalmente se viram sobre o teto de uma casa, ocultos pela escuridão da noite, para a sorte deles a rua aparentemente estava vazia, exceto pelo medico que andava despreocupado em direção a sua casa.

Os olhos de Suzuki tomaram a cor rubra, ela olhou atentamente a qualquer coisa que se movia, não era difícil para ela ver coisas que para os olhos comuns eram ocultos, henge, ou qualquer outro tipo de artimanha era completamente inútil diante do sharingan, que com apenas um pequeno movimento podia ver qualquer coisa que emitisse chakra.

Never responde em voz baixa em cima de uma árvore.
-Sim, somos especialistas em taijutsu e rastreamento, mas a maioria não é calma e cautelosa como eu... eu me treinei quase sozinho sem ajuda deles.
De cima da árvore Never percebe que o médico para e comprimenta alguém que estava oculto nas sombras.
“Ele só pode estar entregando a produção de hoje, não acho que o exército deixe ele passar a noite fora da base mesmo que ele tenha dito antes que tinha uma casa aqui.”
Em poucos momentos o médico entrega um pacote e o Shinobi faz um pequeno sorriso, satisfeito com o acerto.
Hatsumi que está no chão andando a alguma distância e farejando os arredores em busca de algo suspeito, mas não havia dado sinal de nada ainda, Never esconde sua cabeça e diz a Suzuki.
-Estranho a essa distancia eu e Hatsumi deveriamos estar sentindo o cheiro do guarda costas, ele deve ter alguma habilidade que o esconda ou o médico pode não precisar desse tipo de proteção... se for o caso ele deve saber lutar e não deve estar fazendo as drogas forçado... de qualquer forma não podemos testar isso agora... se fosse para lutar precisavamos acabar com a luta assim que começasse com um golpe letal, parece que se lutarmos aqui será uma luta longa que alertará os guardas.


Ele olha os olhos de Suzuki e percebe que estão vermelhos... apressadamente ele fecha os olhos intensifica seu olfato ao limite, e enche os pulmões.
-Um cheiro... muito fraco, está escondendo sua presença não pode ser um shinobi fraco pelo cheiro e deve estar em um raio de 50 de nós. Woof!
O Inuzuka solta um latido idêntico ao de um cachorro, e Hatsumi responde que tinha algo a sua frente, estava ao nível da rua não do telhado e a até 20 metros dela, Never rapidamente repassa a informação a Suzuki.
-Observe ao redor do médico em até 20 metros de distância Hatsumi vai chamar a atenção é possível que o Shinobi desconcentre um pouco na tecnica de ocultação hora que ela passar pelo médico e revele sua silhueta para seus olhos, se eliminarmos o segurança o resto estará fácil... mas temos que fazer isso com UM GOLPE PRECISO E LETAL... acha que consegue fazer isso? É difícil tirar o Dr. Sayuta da base então precisamos resolver isso hoje...
Never a encara nos olhos.
-Confie em suas habilidades, porquê eu vou confiar em você, não pense no fracasso apenas na tarefa que você tem em mãos... isso é um treino lembra? assim que você falar onde o guardião está, eu vou descer como um gavião e atravessar o corpo dele, em seguida você deve apanhar o médico e iremos correndo em direção a floresta ok?


O Shinobi saca sua Kunai gigante, e se agacha flexionando os joelhos para gerar o maior impulso possível, ele fecha os olhos e se concentra em seu olfato e suas pernas para que tivesse o máximo de impulso e precisão, detestava quando tinha que contar com apenas um movimento para resolver a situação, mas as vezes era inevitável.
“Vamos Suzuki, desperte...”

Os olhos da menina estavam vidrados, e demorou alguns minutos até que a mesma voltasse a pisca-los, respirou fundo. Uma brisa leve roçou seus cabelos negros.
 
A primeiro momento não foi fácil, apesar de poder ver facilmente a cor do chakra das pessoas, aquela em si estava sendo difícil de captar, ela teve apenas uma visão turva de um ponto intrínseco de chakra, seja quem fosse sabia surprimir tão bem que apenas após forçar sua visão é que teve a capacidade de enxerga-lo com clareza.
 
A cerca de vinte e cinco metros, sobre uma pequena viela, oculto nas sombras havia um homem agachado, pois a fonte de seu chakra (perto do estomago) estava próximo de mais do chão, apontou com uma das mãos  e falou baixo.
 
 
---Cerca de vinte cinco metros... esta agachado... ao lado de algumas caixas de lixo... não sei se é útil... mas  seu tipo de chakra é futon... posso saber disso porque nesse momento ele parece usar alguma técnica, que mantem o ar próximo a si... deve ser dessa forma que consegue escapar de rastreamento pelo olfato... ---
Ao ouvir seu companheiro dizer que não poderia afirmar se o medico era ou não um homem treinado nas artes ninja a menina sorriu.
--- Isso é algo que meu sharingan já analisou, seu chakra é um pouco mais treinado do que o seu, mas isso é irrelevante...---
 
Ela puxou a manga de sua camisa, revelando um incontável numero de caracteres que pareciam vivos sobre a sua pele os mesmos tomaram uma coloração tão vermelha quanto os olhos rubros da pequena kunoichi.
 
---Não se preocupe, falhar... nunca é uma opção valida—
 
Formulou outro selo com as mãos, e um kage bushin se formou ao seu lado Suzuki jogou sua espada, e então esperou o movimento do seu companheiro.
 
Quando o mesmo partiu, o kage bushin correu velozmente, saltou  em meio aos dois, surpresos pela aparição da garota, a mesma voltou sua lamina contra o shinobi, acertando seu peito e perfurando seu coração, o kage bushin imediatamente desapareceu, deixando para tras apenas um corpo inerte.
 
--Que porra é essa...---- O homem recuou assustado quando sentiu sobre suas costas a mão leve da genin.
 
---Prisão dos céus...---
 
O conjunto de kanjis fluiu do braço da kunoichi como o medico estava com seu jaleco ele não pode ver que sobre seu tórax surgiram varias manchas quadriculadas que vinham do centro do peito  e atravessavam até suas costas.
 
---Agora sugiro que você me acompanhe...—
 
Ele imediatamente recuou formou alguns selos e o fuinjutsu fez sua magica.
 
---Quem é você?---
 
Recuperando-se ele se levantou e formulou alguns selos, Suzuki apenas meneou a cabeça, e sorriu, foi quando o medico caiu no chão completamente desnorteado pela dor intensa que o jutsu causou.
 
---eu terminei...---

Never respira profundamente, estava colocando confiança demais naquela garota, apesar de não ter falado claramente, o médico raramente saia da base devido a seus habitos excentricos, a morte de seu assistente havia obrigado que fizesse as entregas pessoalmente, se perdesse essa oportunidade teria que realizar uma missão de sequestro arriscada a base militar além de arriscar que seus inimigos sobreviventes tivessem uma pista de sua sobrevivencia, ainda assim estava disposto a correr o risco para que aquela garota aprendesse uma lição.
Apenas com paz de espírito seria capaz de mostrar seu verdadeiro potencial, para que tivesse uma visão clara teria que se desligar do medo do fracasso... é um processo natural, quando se acumula uma certa quantidade de conhecimento, suficiente para aliviar o próprio sofrimento é natural querer repassar esse conhecimento ao próximo... cada vez mais estava se tornando um monge real.
Essa criança era cheia de solidão e desejo por poder, tal como Never já foi um dia... naquele momento ele sentia a satisfação de poder ensinar algo que ele desejava ter conhecimento em seu passado...


Suzuki parece concentrada, e ela realiza alguns selos.
“O que você está fazendo?!”
Um kage bunshin aparece e mergulha em direção ao shinobi matando-o.
“Idiota isso não é o que combinamos...”
Never assiste sério ao que se passa por um golpe de sorte o kage bunshin acerta o guarda costas justo quando ele virava o rosto deixando a réplica por alguns momentos sobre um ponto cego, mas foi tempo suficente para que o shinobi sofresse um golpe mortal.
Suzuki por sua sorte copia o fuinjutsu do oponente antes que ela entrasse em um problema sério quando o médico fica confuso Never realiza um shunshin e acerta um golpe bruto em sua nuca deixando-o inconsciente.
-Suzuki isso não foi o que combinamos... se houvesse um deslize no que você fez poderia ter colocado toda a missão em perigo... mas agora não é hora para isso leve o médico o guarda costas eu levo, acho que consigo leva-lo para o local sem criar uma trilha de sangue.
Never coloca o shinobi no ombro e salta para o topo do prédio com um shunshin.
“Que bom que o cliente havia acabado de fechar a porta... será que eu me comuniquei mal ou ela que não entendi... depois eu penso sobre isso agora é hora de correr.”
Para que o sangue não chegasse ao chão criando uma trilha visível Never posicionava o corpo de forma que todo o sangue teria que escorrer por seu corpo antes de cair.
Na entrada da floresta Never que estava pensativo para e diz a Suzuki
-Eu que não me comuniquei direito... eu queria que você identificasse a posição do alvo e eu faria a investida mas não deixei isso claro suficiente, peço desculpas por meu erro como a pessoa que estava dando ordens na missão, não estou acostumado a trabalhar com humanos... felizmente deu tudo certo mas te coloquei em risco desnecessário, tenho que treinar mais meu trabalho em equipe... iremos para uma caverna na parede de uma ravina onde um rio passa no fundo é seguro e difícil de descobrir...

A cabeça de Suzuki estava baixa, era claro que estava deprimida com a repreensão que havia tomado, fechou os punhos, não estava acostumada a missões  com outras pessoas, e como ficou tanto tempo só consigo mesma acabou pegando o mal costume de avaliar a situação  e avançar, talvez isso devesse ser pelo fato de não ter nada a perder na vida e arriscar-se era a única coisa que lhe permitia se sentir viva, medir suas forças e avaliar o inimigo após um senso critico entre Ookami e ela.
 
---Me desculpe...Neveru-san---ela permitiu-se um sorriso cabisbaixo.
 
Quando Never disse sobre a divisão de trabalhar os corpos, ela murmurou baixo, enquanto puxava um enorme pergaminho oculto nas vestes.
 
--Eu não possuo forças para carregar um homem adulto, mas esse corpo, eu posso carregar sem problemas.---
 
Tocou no sangue do alvo e então  escreveu sobre o papel os caracteres “cadáver” e pediu que seu parceiro o deitasse no chão ou sobre o pergaminho para que a mesma se concentrasse, não era algo fácil de se fazer, muito menos quando o material em si era orgânico e possuía grandes quantidade liquidas.
 
---Selar.---
 
O homem então simplesmente desapareceu da rua.
 
---Já ouvi falar que alguns shinobis conseguem analisar bem detalhadamente um corpo de um adversário... eu não entendo dessas coisas... mas acho que alguém em Konoha pode saber utilizar-se dele melhor que nós dois.---
 
Quando terminou de fazer ela olhou para o medico, jogou o pergaminho gigante para suas  costas forçou a fivela que o prendia e acompanhou o Inuzuka .
 
---Apliquei sobre ele meu fuiinjutsu prisão dos céus, sera impossível que ele use chakra comum por um longo tempo... não gostaria de imaginar ele escapando de nós dois...---
 
 Após alguns minutos de viagem o monge finalmente pede desculpas a genin que voltou seus olhos negros para o chunin.
 
    ---Eu que não entendi bem... não precisa se desculpar--- Uma risada acanhada ---já me disseram que eu sou meio burra quando o assunto é ouvir as pessoas... e isso é uma falha para quem quer se tornar uma sacerdotisa...---Outra risada ----Não tenho muitos anos de vida restantes então tenho que consertar esses erros antes que passe dessa para melhor---
 
Um silencio tomou conta de boa parte do caminho Suzuki por vezes murmurava palavras consigo mesmas e voltava a prestar a atenção no caminho, e não foram uma ou apenas duas vezes que a menina se enroscou em raízes e se chocou violentamente contra arvores a sua frente, por vezes praguejava e por outras ria.
 
Quando os dois chegaram a caverna e o seu parceiro o prendeu sobre correntes Suzuki realmente entendeu o motivo dele se sentir seguro ali, além de distante de qualquer trilha o caminho era cercado por empecilhos que fariam qualquer pessoa desistir daquele local, além disso a caverna estava tão bem escondida que apenas um olho muito afiado conseguiria encontra-lo.
 
---Não tenho boas recordações com cavernas, em uma missão me engafinhei com um urso de olhos rosas... nunca pensei que apanharia tanto...----

Never coloca a mão na cabeça de Suzuki, calmo.
-Se você não compreendeu as ordens de um superior é minha culpa, meu dever é organizar a missão e eu cometi um erro nessa área.

O Inuzuka solta um sorriso ao ve-la colocar o cadáver em um pergaminho.
-Raramente espero que os Shinobis carreguem um desses, eles são um tanto caros para combrar com o dinheiro de missões de rank C...


As casas começam a ficar mais espaçadas, estavam nas bordas da cidade com a ajuda de Hatsumi que se comunicava por linguagem corporal com Never, e o olfato dos dois o grupo consegue atravessar a cidade sem serem avistados por nenhum vigia, o médico nas costas de never atrapalhava um pouco seus saltos mas felizmente o Inuzuka era muito habilidoso.
-Então você quer virar uma sacerdotiza? A sério ou apenas como um disfarce?

A menina de cabelos negros sorriu, e após a conclusão de sua técnica enrolar o pergaminho e guarda-lo cuidadosamente e fechar a cinta que o prendia ao seu corpo ela respondeu, alegremente.

---Fui em uma missão um pouco mais difícil, acabei ganhando um pouco do dinheiro nela, no resto peguei emprestado com um amigo---

Com um salto veloz por cima das casas Suzuki acompanhava sem qualquer dificuldade o seu companheiro, o vento lhe parecia sussurrar gentilmente sobre a capa vermelha que cobria parte de seu rosto, inclinou seu corpo e pegou mais um impulso, dessa vez projetando-se a frente de uma chaminé, não parecia preocupada em segui Never, pois se o faro desse clã realmente fosse bom, seria fácil desviar dos guardas e escapar dali.

Ouviu o mesmo lhe perguntar se ela desejava se tornar uma sacerdotisa, e afirmou  com a cabeça, ficou em silencio por alguns segundo e então inesperadamente começou a recitar um mantra, parando apenas quando engoliu um besouro  e começou a tossir.



---Eu estou --- tossida --- até aprendendo com uma sacer.... --- Ela olhou para o céu---Não posso chamar aquela mulher de sacerdotisa... ela mora no templo e usa as roupas tradicionais... é conhecida por sua bondade e meiguice...---
Suzuki pausou e então riu sarcasticamente.


---Mas é tudo mentira... por tras ela me faz limpar todo templo... gasta o dinheiro com saque e só sabe dizer o quão sou idiota em me esforçar tanto nos treinos... ---Ela fechou os punhos ---Diz que o mundo shinobi já esta cheio de idiotas e que não precisa de mais uma...---


Ela encolheu os olhos e praguejou baixo.


---Mas sim... eu quero me tornar uma sacerdotisa...---

Finalmente os dois pousaram em segurança do lado de fora dos muros, ela removeu o capuz enquanto adentrava a floresta acompanhada de never, para sua sorte era uma lua cheia, que apesar de estar quase sempre coberta por nuvens permitia que seu brilho fosse o suficiente para caminhar, mas logo de cara assim que “aterrissou” a menina tropeçou em uma raiz de arvore girou o corpo e se chocou de frente com o tronco solido da mesma.



Novamente praguejou enquanto massageava o nariz, era possivel ver que não só  o nariz havia sido atingido como a testa estava vermelha e inchada.

---Maldita hora em que minha mãe me deu esse nome amaldiçoado.---


informação:
Suzu = Sinos 
Ki = Arvore

Referente ironíca ao próprio nome, Suzuki usa nas pontas do laço dois sinos pequenos (normalmente não emite som) e que só emitem quando a mesma bate a cara em uma arvore, logo ela diz que seu proprio nome é o culpado de seu azar.