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|Campo de Treino | Sarutobi Setsu Katsuo Floresta-e-estrada-wallpaper-13863

description|Campo de Treino | Sarutobi Setsu Katsuo EmptyTreino 01 - Konoha Shoufuu

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Spoiler :



PREMONIÇÃO

Lá estava o Katsu, numa floresta escura e com várias silhuetas negras que se camuflavam em meio a tudo. O garoto parecia estar mais jovem no sonho, tudo parecia exageradamente grande e risos de escárnio eram escutados. O jovem Sarutobi via o seu pai, Setsu Toru, ao longe e então começava a correr em sua direção, corria por muito tempo e não parecia alcança-lo. Os espinhos da árvore o feria nos braços, o céu estava tão vermelho quanto às marcas deixadas em seus braços pelos aranhões.
Tudo começava a derreter e o grito de “Paaaaaaaaaaaaaaaaaaai” do garoto se perdeu em meio ao nada.
[...]
Sentou-se na cama de súbito, derrubando o travesseiro onde apoiava a cabeça. Escorria suor pela testa e os cabelos estavam ensopados. Havia dormido sem camisa e os lençóis estavam presos ao corpo.
- Apenas um sonho ruim, apenas um pesadelo. – repetia para si mesmo em voz alta, se convencendo que havia sido apenas isso.
Movia-se em direção ao chuveiro, tirando os calções e colocando-a no cesto onde iam as roupas não-limpas. Lavou o rosto e encarou o espalho, a imagem do seu pai fora refletida e não a sua.
“Mas o que?!” – franzia o cenho em sinal de dúvida, esfregava os olhos e então via sua imagem no espelho.
Passou um tempo debaixo do chuveiro, sentindo a água gelada no corpo. Ao sair, pôs sua roupa habitual, uma camisa preta de gola alta e mangas curtas, uma calça que ia até os tornozelos – também preta – e a faixa com o símbolo do clã Sarutobi na cintura, enrolou as ataduras no braço, calçou as luvas e colocou a bandana pendendo no pescoço.
- Pronto!
Desceu as escadas, sua mãe e seu avô esperavam sentados, sobre a mesa havia arroz branco cozido, misshoshoryu e tsukemono.
Katsu sentou e comeu em silêncio com a família, quando terminaram, ganhou um abraço do seu avô. Que o parabenizava orgulhoso por ele ter passado na missão.
“Ainda lembro do dia em que sua mãe e seu tio se graduaram!”
O Velho Sarutobi lhe contou mais uma de suas histórias sobre ninjas, depois, o garoto saiu. Iria pra um velho campo de treino sugerido.

O TREINO

Saiu de casa se sentindo diferente, de algum modo sentia que a placa de metal com o símbolo de Konoha gravado nela lhe desse algum respeito. Passou pelos portões, cumprimentou os ninjas e segui até a clareira onde treinaria. Havia um balanço que ele certamente usaria naquele treino.
Mais cedo, havia ido na biblioteca e pegado informação sobre um jutsu. Se chamava Vendaval da Folha e consistia em aparecer debaixo do inimigo se chutá-lo para cima, deixando-o vulnerável.
Ficou de frente para o balanço, mantendo uma distância aceitável. O principio deveria ser algo parecido com um shushin seguido de um chute.
Ergueu os braços e ficou sob a ponta dos pés, alongando o corpo.
Abaixou-se, flexionando as pernas. Olhou para baixo do balanço e moveu-se em velocidade, quase que instantaneamente, tentando aparecer abaixo do pedaço de madeira. Falhou!
Ele já sabia o shushin, e certamente sabia aplicar um chute. A questão seria acertar o time, a distância pra que o golpe ocorresse.
(Creio que a única dificuldade em aprender é essa? Certo? O principio é o mesmo).
Tentava, vez após vez, a cada tentativa, ficava mais próximo do objetivo. O problema, seria a velocidade com que ele executava os movimentos.
Depois de várias tentativas, cansou-se. Seu corpo estava pesado e sua roupa, estava suja de barro.
Sentou-se no balanço que tanto tentara chutar, e descansou por um tempo. Indo pra casa antes do pôr do sol.


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description|Campo de Treino | Sarutobi Setsu Katsuo EmptyRe: |Campo de Treino | Sarutobi Setsu Katsuo

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Jutsu aprendido com 5%.

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AMBIENTE FECHADO

Deu três passos em direção ao leste. Parou, usando a mão como proteção para o sol fitou o horizonte. Lembrou-se que não havia a necessidade de proteger os olhos se houvesse trazido os seus óculos.

“Não os esquecerei da próxima vez”. Disse pra si mesmo enquanto apoiava o joelho direito no chão. Olhou para as mãos e firmou as ataduras, de modo que o protegesse do calor e não impedissem que o fluxo de sangue em seus membros superiores porventura parasse.

Pegou a sua bolsa de armas e a colocou cuidadosamente no chão, abrindo-a silenciosamente e pousando a mão sobre o tecido marrom enquanto com a outra tirava o equipamento que havia lá dentro. O que resultou disse foi um punhado de itens de metal sobre o chão.

“Preciso organizar isso” – pensou, segurando por entre os dedos algumas das armas que lá havia.

As dispôs no chão, colocando as shurikens em uma fileira uniforme e precisamente exata. Em seguida fez o mesmo, desta vez usando as kunais. O ato de organizar o material que usaria no treino deixava sua mente vazia, e ele gostava da sensação de sentir o metal e o barulho que eles faziam ao se chocar nas coisas. Esquecia por alguns momentos dos problemas, que eram maiores do que ele poderia suportar.

Levantou-se, havia decidido que o local que tinha escolhido para o treino era perfeito. Havia uma imensidão de árvores ao seu redor. Uma pessoa normal acharia que treinar o uso de armas ali seria tarefa desnecessária.

“Você pode perder suas kunais e shurikens se for treinar lá. Não seja idiota, Katsu”. – foi o que havia escutado de um dos seus colegas de academia quando havia feito o convite mais cedo.

Sarutobi estava decidido que treinar ali seria o melhor. Mais cedo tinha comido mais que o necessário. Um café da manhã rico, como os cafés de manhã devem ser. Discutiu sobre o seu tio sobre armas, olhando admirado para as lâminas de chakra que o seu tio carregava.

“Elas são ótimas” – disse o Hadou, colocando-a entre os dedos. Mostrava ao Sarutobi como se devia usar. “Elas não limitam o seu movimento, como outra arma maior faria. E o fato de você poder conduzir chakra torna ela uma arma imprevisível. Pode estendê-la sem que o oponente perceba” – terminou de dizer com orgulho.
Esquecendo-se da memória que acabara de invadir lhe a mente, decidiu que precisaria de dinheiro, se quisesse aquelas – nas palavras do tio – “belezura”.

Parou, respirou cadenciadamente. Se queria iniciar o treino, não poderia fazer barulho. Ele já havia estado lá antes, sabia que havia pequenos roedores em quantidade naquele local.

Pegou um par de kunais no chão, passando o dedo sobre o fio da lâmina, certificando-se que estavam fazendo o que se propunham a fazer. Começou a caminhar lentamente, com a audição sobrepujando os outros sentidos. Talvez dois ou três minutos depois, ouviu um farfalhar de folhas. Antes que pudesse perceber, já havia lançado uma das kunais na direção do barulho. Um roedor marrom – o qual ele não sabia o nome – saltou.

“Errei!” – disse mais alto do que queria.

Ele sabia que não acertaria com extrema facilidade. Teria de tentar sucessivamente.

No fim do treino todas as tentativas fadaram ao fracasso. Ele não havia – no mínimo – atingido alguma de suas presas. Esgotou o seu estoque de armamento, até sentir os braços doerem e a força deles para um arremesso se esvaírem. Os músculos doíam, e se concentrar na dor fazia ele afastar os pensamentos do Toru, seu pai.

O máximo que havia conseguido depois de algumas horas fora acertar a direção quase exata do barulho, mas, num ambiente cercado por árvores era exigida do caçador uma habilidade a qual o Katsuo não tinha.

“Acertarei todas, um dia acertarei”. – disse ao recolher as kunais e shurikens do chão e por de volta à bolsa. Partindo pra casa.


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description|Campo de Treino | Sarutobi Setsu Katsuo EmptyRe: |Campo de Treino | Sarutobi Setsu Katsuo

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Mais cedo Katsuo havia comprado algumas agulhas ninjas. Eram pedaços alongados de metal que poderiam ser lançados como projéteis. Elas eram extremamente finas e exigiam mais habilidade do que força quando lançada. O sobrinho de Hadou estava determinado a aprende a arte do uso das lâminas de chakra, mas, se encantou ao ver a possibilidade de um objeto tão pequeno e aparentemente frágil vir a ser fatal. O garoto estava sentado com as armas a sua frente enquanto as analisava.

“Será necessário alguns dias de treino para me habituar ao arremesso delas” – murmurou amargamente para si mesmo. Estava só e mesmo falando baixo era o suficiente para quebrar a solidão desoladora do local onde ele se encontrava. Era um velho galpão de madeira, estava limpo, Katsuo mesmo o limpou no dia anterior. Seus pés descalços tocavam o assoalho de madeira, os seus calçados haviam sido deixados na entrada. Como havia feito outro dia, organizou suas armas que poderiam ser
lançadas. Eram cinco kunais, cinco shurikens e dezesseis senbons.

Pegou um pincel numa caixa e se dirigiu até a parede de madeira. Ele havia se dedicado às aulas de kanjii quando era mais novo, e o seu talento para desenhar ou reproduzir algo era extremamente aceitável. Respirou fundo e começou o trabalho, seu objetivo era desenhar a silhueta de um corpo. Pela imagem tratava-se de um adulto, devia ter cerca de 170 cm.

Voltou até onde estavam as armas e as moveu para uma distância de dez metros do alvo. Era uma distância curta, mas, era algo difícil. Decidiu primeiro lançar as kunais e as shurikens. Ele já sabia como o arremesso funcionava e não gostava da ideia de não ser um bom lutador com armas.

***
No primeiro arremesso a kunai fincou na madeira, mas, parou no mínimo a quatro metros do alvo. Katsuo levou a mão ao rosto ao ver o quão ruim havia sido. Os arremessos que se seguiram não foram tão bons. Dos dez primeiros – usando kunais e shurikens – apenas dois havia sido bem sucedidos. Fincando no braço do inimigo imaginário.

“Meu tio e avô com certeza desaprovariam... E o meu pai também”. – disse em voz alta, sua voz falhando ao dizer pai. O que de certo modo fazia com que sua vontade de acertar o alvo aumentar progressivamente.

Agora ele teria de lançar as senbons, nunca as havia lançado antes. Mas, sentia que poderia obter um êxito se praticasse sua pontaria sucessivamente. Ao pegar notou (o óbvio), elas eram extremamente leves. Num campo de batalha certamente não seriam vistas, ele riu ao perceber isso. Tinha um diferencial – ou achava que tinha. Segurou a senbon e percebeu que o seu arremesso seria diferente. Ao lançar uma shuriken ele usava o polegar e o indicador, formando uma pinça e então liberando o projétil com velocidade em direção ao inimigo. Com a kunai ele precisava girar o pulso e segurá-la com o punho fechado.

Com a primeira tentou usar o movimento da kunai, que parecia mais adequado. Segurou na base da arma e então arremessou.
O ato de arremessar teve um efeito inesperado. O trajeto esperado pelo Sarutobi era uma linha reta em direção ao alvo e não um “palito de aço” girando e se chocando contra a parede sem – no mínimo – perfurar.

Levou a mão ao queixo pensativo e pegou outra senbon, colocou-a rente ao indicador e lançou-a novamente. O trajeto foi como esperado, mas, saiu sem força e precisão. Katsuo tinha humildade suficiente para admitir que não estava bom.

Lançou as 14 restantes, e assim como as outras duas. Não perfurou a madeira.

“Tsc.” – bufou de raiva.

Embora fosse humilde e soubesse que o acerto viria com a prática, esperava poder fazer as coisas com maior velocidade. Aprender mais rápido... Não parecia dar certo.
Lembrou-se do confronto com o Saito e percebeu que seus arremessos foram ineficazes por causa da baixa velocidade. Era uma questão de jeito e não força. Só agora também tinha atentado ao fato do seu novo amigo ter usado um jutsu Mokuton.

“Ele é um Senjuu!” – disse rompendo novamente o silêncio do galpão.

***
Esquecendo-se momentaneamente do novo amigo, decidiu que praticaria a sequência usando todas as armas novamente. Melhoraria com as armas e consequentemente com as senbons também.

Seu braço ardia devido ao movimento repetitivo, mas, como um rapaz que passou quatro anos na academia, sabia que poderia suportar por mais um momento. Girando o
tronco para aliviar a força que era necessária nos braços.

***

Após horas e horas de sucessivas repetições o garoto decidiu que havia findado o treino. Com os músculos da parte inferior do músculo do braço e os dedos fazendo automaticamente pinças, sentia que não poderia levar adiante. Sentou-se no chão, exausto físico e mentalmente. Olhando com desconfiança para o alvo. Todas as senbons estavam no chão, elas não fincaram na madeira, mas, as kunais e shurikens estavam apenas há pouco mais de um metro.
“É um bom avanço”. – confortou-se.


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description|Campo de Treino | Sarutobi Setsu Katsuo EmptyRe: |Campo de Treino | Sarutobi Setsu Katsuo

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Spoiler :

- Bem, eu sei alguns jutsus básicos, o Endan, o Hoken e... – o Katsuo parou a sentença. Encarando os olhos negros do seu tio Hadou.

Katsuo usava naquele dia uma camiseta negra com o símbolo do clã Sarutobi ocupando todas as suas costas, os seus braços eram cobertos até a metade por bandagens. Usava uma calça também verde e os seus óculos de lente cinzas estavam presos ao pescoço displicentemente. A kunai presa ao braço esquerdo e magro. Katsuo não era forte, era até que um pouco magro. Mas, embora não soubesse seria um grande guerreiro. Era o que o pai, tio e avô pensavam.

Hadou, que usava o uniforme padrão de Konoha, colocou a mão sobre o ombro nu do garoto.

- Imagine a seguinte situação. – disse enquanto com a mão livre desenhava coisas aleatórias no ar. – Há dois ninjas, um deles sabe várias técnicas, e não as domina por completo. O outro, por sua vez, sabe um número menor de técnicas, mas, sabe exatamente como aproveitar o melhor de cada uma. Quem venceria?

Katsuo fez um sulco no centro da testa, se esforçando para pensar.

- Se um deles sabe exatamente o que fazer com as habilidades e o momento certo para usá-las... Certamente vencerá. – disse depois de pensar e formular com calma a resposta em sua cabeça.

- Exatamente. – disse o Hadou que soltou o ombro do garoto e saltou pela janela.

Setsuo se jogou no chão, pousando ambas as mãos sobre o joelho.

“O que ele quer que eu faça”. – pensou. Ele estava descansado, havia acabado de comer e decidiu que faria o que o seu tio mandou. Aperfeiçoar-se-ia nas opções que se mostravam diante deles.

A opção um era, assim como no dia anterior, continuar o treinamento com as armas. O que viria a calhar num combate de meia-distância onde fosse mais fácil cravar um pedaço de metal no inimigo.

A segunda opção era o Konoha Shoifuu, onde ele poderia surpreender facilmente o inimigo. E foi essa a que ele escolheu – ao menos por hora -. Teria de treinar com alguém, e achar alguém disposto a treinar do nada não era algo que os deuses que julgavam as ações dos ninjas daquela vila em especial esperariam. Mas, às vezes não há opção.

Saltou pela janela sem nem mesmo se dar ao trabalho de pegar as suas armas. Ele tinha o que precisava, o seu corpo. Moveu-se velozmente pelo bairro Sarutobi com destino fixo. Ele tinha alguns primos de segundo grau que também se tornariam ninja, o mais velho tinha a sua idade. Sarutobi Shinku era o seu nome.
Ao chegar na casa dele, o garoto estava calçando os sapatos antes de sair.

- Shinku-chan. – acenou o Katsuo, demonstrando sua calma.
- Yo, Katsu. – o seu primo havia terminado a academia na mesma época em que o Katsuo, e sabia que ele amava o fogo e principalmente papéis bombas.
- Você deveria tatuar um dragão na testa. – provocou o Shinku, Katsuo levantou a sobrancelha em resposta.
- Se eu tivesse um dragão na testa, ele certamente voaria e queimaria o seu traseiro nesse exato momento. – Katsu disse em resposta.
Shinku riu.
- Eu vim aqui para propor algo a ti.
- Espero que não seja um pedido de casamento. – brincou Shinku.

***

- Então você basicamente quer que eu me voluntarie para ser o seu saco de pancada enquanto você aperfeiçoa o jutsu? – disse o Shinku.
- E em troca eu te ensino o Endan. – concluiu o Katsuo.
Katsuo havia desenvolvido seu potencial para Katon, era neto do Hadoumaru e isso já era algo importante o suficiente para ser considerado. Katsuo dominava apenas dois jutsus de fogo, mas, era apenas o primeiro em uma lista grande que viria logo.
- Não me parece justo. – argumentou Shinku.
- Então encontrarei outra pessoa. – disse o Katsuo, impassível.
- Feito. – aceitou a derrota na discussão.

***

- Então você entendeu o funcionamento do jutsu?
- Sim, você vai surgir abaixo de mim e me chutar para o alto. Isso bem rápido.
- Exatamente.

Ambos já haviam se alongado. Katsuo, Setsu, Katsu, Set (como preferirem) tocou os pés com a ponta dos dedos sem flexionar os joelhos. E quando o Shinku piscou percebeu que o Katsuo já não estava lá. O garoto havia aparecido abaixo do seu primo. Que olhou incrédulo, segurando as pernas do seu primo em reflexo e jogando para longe, Shinku não tinha cérebro, mas, tinha força.

Katsuo levantou-se, irritado pelo fato de ter errado. Ele já havia praticado o jutsu várias vezes e agora estava frutado. Antes de seu primo recupera-se do susto e começar a rir da falha dele ele já estava tentando novamente.

Ele sabia o funcionamento do jutsu, um sushin seguido de um chute. Acontece que ele precisava acertar o tempo, local e se preocupar em atingir o inimigo de forma efetiva, concentrando chakra na perna para lança-lo para cima na maior velocidade que conseguisse.

Na nova tentativa, ela parou no local errado, atingido o seu amigo em um local que para os homens era o mais propício à dor. Shinku caiu o amaldiçoando. Você me paga por isso, disse ao se jogar contra o Katsuo, que girou para o lado e se jogou para trás. Vendo ali outro momento para tentar o jutsu. Concentrou chakra nas pernas e foi.

Por ventura do destino ou porque o Katsuo conseguira mesmo dessa vez. Acabou acertando, vendo o seu primo ser arremessado a cerca de três metros de altura. Estimou o gennin. Percebendo que ele poderia encaixar outro golpe depois do jutsu... Talvez o... – antes de concluir o pensamento jogou-se a frente, para interceptar o seu amigo que parecia tonto com a situação.

- Tentemos novamente. – disse o Katsuo.

***

Eles treinaram até ambos sentirem-se exaustos. Katsuo não havia conseguido encaixar outros golpes como conseguiu na terceira tentativa. Mas, sentia que estava melhor e QUASE podia usar aquilo em uma situação real de combate. Depois dos treinos ambos estavam deitados e estirados sobre a grama do local onde eles estavam. Os cabelos e olhos negros eram evidentes nos dois, deixando claro que ali havia um laço de sangue. Katsuo abriu e fechou a mão, sentindo a luva não oferecer resistência.

- Continuamos amanhã? – sugeriu.
- Sim, continuemos. – disse o Shinku, um tanto quanto ranzinza.


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Shinku olhava intrigado para o seu primo. Eles estavam passando uma considerável parte do tempo juntos nos últimos dias, e aquilo havia fortalecido o laço de sangue e de clã que eles já tinham. Eles sempre conviveram, aliás. Mas, não tiveram uma relação – digamos que – profunda.

“Consegui! Está perfeito agora.” – exclamava o Katsu.

O outro Sarutobi ergueu a sobrancelha direita enquanto levantava-se pra observar o que o menino dos óculos cinza fazia naquele lugar. Sua mão tocou-lhe o ombro direito e então ele viu. As senbons do Katsuo tinha agora uma pequena proteção de borracha nas pontas.

“O objetivo dessas coisas não são furar?” – indagava o Shinku.
“Sim, mas, eu não vou te machucar. Não agora”.

Quando escutou o que o neto do Hadoumaru disse então Shinku, que não era bobo, entendeu as intenções. Seus olhos brilhando ao ter a epifania. Elogiou mentalmente o seu companheiro e preparou-se.

“Olha, vamos com calma”. – advertiu.
“Vou ter toda a calma do mundo” – disse Setsu Katsuo, sarcasticamente.

Os olhos dos dois eram cortinas sem emoções. Fundos e vazios ao mesmo tempo. Era algo que todos os Sarutobi tinham, assim como os cabelos negros característicos (e continuariam negros até ser pintado de branco pelo tempo). Shinku observa o Katsuo colocar as senbons dentro da bolsa de armas, ele parecia ter costurado alguns pequenos bolsos onde ele poderia sacar as senbons. Ao olhar com mais calma percebia que o Katsuo não usava uma camiseta sem mangas como nos últimos treinos. Ele usava um blusão negro com o símbolo do clã Sarutobi e calças longas também negras. Quando o Katsuo ergueu os braços deu pra perceber que as ataduras ainda continuavam lá. Mas, se ele havia costurado bolsos na bolsa de armas, será que... Shinku tentava analisar a ação do seu primo que fazia o mesmo.

O sobrinho do Hadou olhou para o seu primo, vendo o porte físico mais avantajado que os outros garotos de quatorze anos. Seu primo não revidaria, ele sabia. Mas, era sempre bom manter os olhos no adversário. Quando o Katsu abaixou-se para pegar as luvas que estavam jogadas no chão olhou fixamente o “alvo”. Calçou uma luva, então a outra. E no segundo seguinte já havia lançado uma das senbons com a ponta de borracha. Que passou longe do alvo, mas desviou o olhar do Shinku. Tempo suficiente para concentrar chakra nas pernas e então partir para atingir o “inimigo” em um ataque surpresa. Seus pés desenhando um semicírculo antes de surgir abaixo do alvo.

O jutsu era simples, mas, requeria prática. Katsuo não o dominava ainda por completo, era fato. Mas, ele percebeu que à baixas distâncias ele aumentava a efetividade do Jutsu e que a probabilidade de acerto era diretamente proporcional à distância do alvo.

Quando ele ergueu o pé, caprichando no chute para lança-lo no alto foi quando Shinku havia notado que já não podia mais evitar o golpe. Quando ele estava lá em cima, à deriva. Sentiu um impacto de borracha atingindo-lhe a costela. Doía.

Katsuo já voltava a posição, frustrado. Ele havia lançado três senbons quando Shinku encontrava-se com os flancos expostos. Só havia acertado 1/3 delas.

“De novo” – disse firme, cerrando os punhos e fazendo suas sobrancelhas encontrarem-se em um traço de expressão. Colocou um dos pés para trás e então saltou, de suas mangas surgiam senbons. Uma em cada mão. Indo em direção ao Shinku. Ele havia percebido que elas não havia sido endereçadas a ele. Uma ia à esquerda enquanto outra à direita. Era pra evitar uma fuga. Seus únicos caminhos eram avançar ou recuar.

Quando os pés do filho do Toru finalmente tocaram o chão, ele avançou e então deslizou, pegando uma das senbons que ele havia errado no último lançamento e Shinku não percebeu o movimento. Shinku também avançava, diminuindo o espaço entre ambos. Era o objetivo. Antes do Katsu se levantar ele já sumia de vista. Aparecendo abaixo do Shinku e chutando-o, lançando a senbon ao mesmo tempo de modo que permitisse um acerto efetivo no lançamento. Ele acertou, mas, dessa vez o chute não havia sido muito efetivo, ele havia divido a atenção entre chutar e lançar o fino projétil de aço ao mesmo tempo e não pode fazer ambas as ações com muita eficiência.

Cerrou os dentes, ele sabia que havia melhorado. Mas, teria de continuar aqueles treinos por mais uma semana, e então ajudar o Shinku com o Endan.

Voltou para a sua posição e então percebeu que havia se machucado e sangrava. Havia notado que tinha perdido mobilidade com os movimentos mais presos devido as duas senbons escondidas nas mangas do blusão. Seria melhor se ele pudesse sacá-las de um selo, surpreenderia tanto quanto os bolsos falsos. Fez uma anotação mental e então continuou.

***

Eles passaram toda a tarde nesse processo. O ambiente era todo de chão batido, havia poucos pedaços de grama em pontos isolados. As rochas eram frequentes naquele local, e vez ou outra eles se machucavam em uma delas. Depois de algumas horas o sol pôr-se-ia, deixando o céu alaranjado. Os primos sentavam-se, analisando os hematomas por debaixo de suas vestes. Eles tinham alguns roxos. Katsuo pensou que usar um amigo como saco de pancada não era o certo, mas, Shinku não se queixava. Ela gostava de sentir-se útil.


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Katsuo estava concentrado. Em sua mão ele tinha um pincel de madeira e desenhava num papel de arroz alguns ideogramas. Sempre que tinha tempo praticava a escrita. Sua caligrafia é impecável, havia dito Hadou um dia, talvez devesse usá-la para outras coisas. Katsuo nunca havia entendido aquilo, mas, praticava diariamente a escrita de ideogramas. Ele havia acabado de escrever o ideogramas Ka e Tsu, para dragão – que por sinal era também o seu apelido. Quando escutou passos vindo em sua direção, eram apressados e desastrados e faziam barulhos – mesmo estando descalços. Via a figura do outro lado da fina tela que erguia-se no cômodo de onde estava.

- Entre, Shinku.

Shinku entrou e então levantou uma das sobrancelhas.
- Como sabia que era eu?!
- Eu sabia, ora.

Quando Shinku entrou havia notado que Katsuo estava sentado sob os joelhos, com a postura ereta e na mão tinha um pincel. Vestia um kimono negro.
“Ele gostava da cor preta” – pensou Shinku.

Ele olhava para a caligrafia do Katsuo, que o observava. Seu primo vestia roupas folgadas e usava a bandana presa ao braço esquerdo, ele era canhoto.
- Não devíamos estar fazendo você aperfeiçoar o seu jutsu e seu lançamento daqueles hashis?

***

O sobrinho do Hadou havia trocado de roupa. Agora usava uma camiseta branca com os “buracos da manga” grandes e mostrando parte das costelas. Ele não usava os óculos e sua face estava tranquila. Ele deu um meio sorriso amistoso para o Shinku, que retribuiu.

Além da camiseta, o Katsuo usava também calças negras. Seu antebraço envolvido por ataduras e a luva preta com o protetor de metal de Konoha. Sua bolsa de armas estava presa na perna direita e ele estava descalço. Eles haviam se certificado antes do treino que tinham removido todas as pedras de uma área de no mínimo vinte metros quadrados.

Do outro lado estava Shinku, com uma camisa verde-floresta e uma bermuda preta que ficava pouco abaixo do joelho. A bolsa de armas na perna esquerda, ele não ia usá-la, mas queria compor o visual.

- Não está de preto. – comentou o Shinku.

Katsuou deu uma de suas raras gargalhas, que lembravam bastante a do Toru. Quando o Toru ria costumava encher o ambiente com um rico som feliz. Mas, onde ele estava agora? Ainda rindo Katsuo correu em direção ao Shinku, diminuindo o espaço enquanto pegava duas senbons em cada mão e as colocava entre as falanges.

Sumindo e aparecendo abaixo do Shinku, que já esperava aquilo e enrijecia os músculos a fim de evitar a dor. Todo aquele treinamento havia fortalecido os músculos (por natureza resistentes) do Shinku. Uma surpresa quando ele sentiu dois impactos seguidos nas costelas enquanto ainda estava no ar.

Ele caiu de mal jeito, ainda com falta de ar por causa dos impactos da borracha. Setsu estava irritado com o fato de ter acertado apenas 2/4 dos projéteis mas avançou em direção ao amigo.

- Está bem?! – disse com uma preocupação sincera.
- Dois minutos. – disse o Shinku, levantando-se e apoiando as mãos nos joelhos enquanto puxava o ar. – Quando eu estiver aprendendo o Endan, sei de alguém que vai virar churrasquinho.

Ambos riram.

***

Cinco minutos depois e o Shinku já recebia outro ataque. Katsuo havia recolhido as senbons do chão e as lançava novamente enquanto o corpo desprotegido do seu primo estava no alto. Naqueles dias Setsu já consegui lança-lo a mais de três metros e o impacto no chão era sofrível.

Katsuo já havia sugerido ao Shinku como cair. Depois do impacto, tentar girar o corpo sobre o próprio eixo e colocar os dois pés no chão. Ele já quase havia obtido sucesso na técnica de “cair em pé”.

Eles então voltavam a prática. E permaneceram lá até o fim da noite.

***

Eles estavam enormemente cansados, suas roupas tinham alguns rasgos ocasionais. O corpo de Shinku era resistente, mas, as sucessivas quedas o deixavam em maior desgaste que o seu companheiro, que sabia disso e sentia-se solidário. Naquela noite eles havia combinado de irem até a fonte termal depois do treino, ao chegarem lá ficaram frustrados por não irem à uma sala mista. Estavam na idade dos namoricos e ainda não haviam conhecido uma moça. Embora eles não soubessem que aquilo mudaria em breve.


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Katsuo e Shinku caminhavam rindo pelas ruas de Konoha em direção à uma das saídas para então treinarem.

Katsuo vestia uma outra camiseta branca com o símbolo dos Sarutobi e calças negras e folgadas, com as velhas ataduras e luva com protetor de metal. Shinku também vestia uma camiseta, mas, era verde. Além da camiseta usava uma bermuda negra que ia até o tornozelo.

Shinku precisava comprar uns remédios e então Katsuo decidiu que ia na frente enquanto o seu companheiro ia até a farmácia. Era o tempo que ele necessitava para organizar o campo de treino.

***

- Você não vai acreditar, Katsu!

Exclamava o Shinku com ambas as mãos nos ombros do Katsuo, que erguia a sobrancelha direita.
- Eu encontrei uma garota!
- Nós encontramos garotas todo dia...
- Eu vou sair com ela!
- Como?!
- Sim! Eu a conhecia, ele fez academia com a gente. Então eu perguntei se ela estava livre na sexta e ela disse que não tinha compromissos, então eu a chamei pra sair e ela disse que sim.

Katsuo ficou feliz pelo fato de seu primo ter uma futura namorada, mas, também ficava triste pelo fato de não ter uma. O que o Shinku tinha que ele não tinha? Talvez se ele perdesse um pouco da sua aura blasé conseguissem encontrar uma moça que o quisesse.

- Detalhes, agora. – disse o Katsuo, sentando com as pernas cruzadas e apoiando o queixo em uma das mãos.

***

Depois de ouvir a longa história Katsuo estendeu ambas as mãos para a frente. Ele tentaria um movimento que passou treinando mentalmente durante toda a manhã daquele dia. Consistia em lançar as senbons na direção em que o Shinku seria lançado, e então chutá-lo para cima e lançar mais senbons. Aumentando assim os danos. Ele fazia os cálculos mentalmente, teria de lançar os projéteis á três metros.

Fechou os olhos e concentrou-se. Shinku parado com um sorriso de orelha a orelha. Bobo-alegre. Selecionou duas senbons, ele estava se habituando às formas alongadas delas. Lançou duas, e o mais rápido que pôde usou o Konoha Shoufuu para aparece abaixo do seu amigo e lança-lo para cima e então lançar os projéteis que estavam na outra mão livre.

Por uma incrível sorte ele conseguiu acertar. As senbons que foram lançadas com antecedência se chocava nas laterais da costela enquanto as que foram lançadas depois se chocavam na parte de trás da costela. Aquele momento exigia muita habilidade e Katsuo tinha humildade o suficiente para saber que aquilo havia sido um golpe de sorte.

Ele iria concentra-se em fazer o movimento que havia feito nos últimos treinos, lançar o oponente pra cima e então lançar as senbons. Ele tinha uma vaga ideia de como aperfeiçoar o combo com o jutsu depois e que seria mais efetivo usar o Endan do que as senbons. Mas, aquele movimento sendo repetido várias e várias vezes resultaria em um sucesso numa batalha real.

***

Katsuo e Shinku haviam se esgotado depois de algumas horas de treino. Mesmo com as paradas eventuais para descanso. Shinku havia comprado uma espécie de pasta verde com um cheiro estranho.

“A vendedora garantiu que se passasse isso nos hematomas iria reduzir a dor”.

Katsuo olhou para o seu primo, com as várias marcas dos raros sucessos dos golpes. Havia vários pontos roxos nas costelas. Mesmo com o uso da ponta esférica de borracha as senbons ainda causavam certo estrago. Ele ajudava o seu primo, enfaixando algumas áreas que o Shinku não conseguia. Depois de um tempo eles se levantaram e caminharam juntos até o bairro dos Sarutobi.

- Não precisa vir treinar amanhã, descanse e garanta que a menina vá se apaixonar por você! Eu acho meio que impossível, por causa do teu cheiro de porco, mas... Vai saber. – Disse o Katsuo socando forte o braço do Shinku, que retribuiu o soco, fazendo o jovem Sarutobi quase desmontar sobre as próprias pernas.


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description|Campo de Treino | Sarutobi Setsu Katsuo EmptyRe: |Campo de Treino | Sarutobi Setsu Katsuo

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Como o Shinku não iria treinar hoje, Katsuo decidiu que também descansaria. Seus músculos estavam doloridos e ele sentia que o movimento constante e repetitivo dos treinos eram extremamente exaustivos, tanto pra mente como para o corpo.

Seus braços moviam-se para cima e para baixo, desenhando um traço enorme com o pincel. Havia um extenso painel que Katsuo havia ganhado de presente do seu tio.

***

Quando ele acordou – mais tarde que o normal – e cheio de ataduras (que desta vez não eram só itens decorativos) moveu-se vagarosamente para uma banheira com água quente. O que aliviava a dor e ao mesmo tempo causava uma sensação de relaxamento. Quando desceu para o café da manhã encontrou o seu tio e o seu avô em uma discussão sobre armas ninjas. Fez um cumprimento abaixando o corpo em uma saudação comum e sentou-se sobre as pernas em postura ereta. Erguendo a tigela de barro com um caldo marrom e cheiroso e virando-se, limpando a boca com as costas da mão e então pegando arroz e porco agridoce e comendo, usando hashi.

- Uma katana é a melhor arma! Ela é quase uma extensão do corpo, Hadou-chan. – disse o velho Hadomaru.
- É ultrapassada, poucos ninjas a usam hoje em dia.
- E o que tem a dizer sobre os ANBU? Hein?! Eles usavam uma katana pequena!
- Clichê.
- Os jovens de hoje não são tão bons quanto eu esperava, tsc.

Katsuo ria, ele gostava de ouvir a conversa dos mais velhos. Ele saboreava a comida enquanto via ambos quase saírem no tapa por causa de uma discussão. Estavam eufóricos. Quando acabou levantou-se, Hadou também o fez.

- Katsu-chan, vamos até aquele galpão onde você treina de vez em quando. Tenho algo a lhe mostrar.

Ele assentiu, subiu as escadas e então vestiu-se. Colocou apenas um kimono preto com o símbolo do clã Sarutobi bordado no lado esquerdo do peito.

***

Quando haviam chegado no galpão Katsuo havia percebido qual era o presente. Havia um extenso painel e vários pinceis de diferentes tamanhos, assim como tinta de diversas cores. Katsuo gostava realmente de pintar, e mesmo cansado sabia que só o ato de pintar lhe livraria de todo o cansaço mental. Ele agradeceu ao seu tio, que – como sempre – saltou pela janela e sumiu.

Os braços moviam-se, ora com traços firmes, ora com traços mais leves. E aos poucos as formas dos desenhos iam tomando forma na grande tela branca. Ele havia precisado usar uma escada para desenhar um dragão voando no alto da paisagem. O dragão era verde e tinha uma crista vermelha. Era fino como uma serpente e tinha garras de tigre. De sua boca saiam chamas que pareciam quase saltar da tela, e essas chamas adquiriam a forma de um sol.

Depois, desceu. Desenhando uma cerejeira. Dando atenção especial às pétalas. Algumas das pétalas estavam ainda no momento da queda. Metade da parte de baixo da tela havia sido coberto por finos pedaços do desenho de grama, e a outra com o que parecia ser um lago, mais afastado. No lago haviam alguns peixes com longas barbatanas saltando e um falcão com os olhos grandes e as patas quase que alcançando o peixe que parecia indiferente a cena, complacente com a morte. Os ideogramas para Ta e para Ka escritos perto do falcão.

Na grama havia algumas flores das diferentes formas, e também haviam borboletas que rumavam em direção as flores. O ideograma Cho repetido duas vezes.

Era tarde da noite quando o Katsuo havia por fim terminado a tela, ele normalmente levaria dias, mas, algo o impulsionava. Deitou-se sobre o chão de madeira, murmurando algumas palavras antes de dormir e se render ao cansaço.
“Tudo que eu queria era que as imagens ganhassem vida”.


Ao avaliador:
Não quero passiva em pintura.


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Ergueu os olhos e viu o homem caído a sua frente. Ele não sabia como e nem por quê, mas, havia chamas ao seu lado. Ele podia sentir o cheiro de carne queimada e tinha a certeza que aquilo não era de um banquete. Seu nariz sentia o cheiro de sangue e se contraia. Mas, ele não conseguia mover-se, não tinha controle sobre o corpo. O homem a sua frente hesitava, pedia desculpas, mas não obtinha nenhuma resposta. Quando a mão ergueu-se e Katsuo viu o sangue nela, sabia que aquela era a sua mão – de certo modo. Um corte nas costelas ardia e ele fingia não sentir dor, sabia que seu rosto estava uma carranca de ódio e seus olhos podiam afugentar qualquer um que conseguisse lê-los.

Antes de se dar por si o homem estava erguido, a mão que era do Katsuo em sua garganta. Fechava os dedos e estrangulava o homem. Ao longe ele podia ouvir um grito, alguém o chamava pelo seu nome, a altura tornando-se cada vez mais gradual e presente.

***

- Katsuo!

Acordou.

O suor escorria pela sua testa e seu cabelo estava ensopado. O lençol preso ao corpo e mantido lá pelo suor que teimava em sair e o coração palpitando. Olhava rapidamente pelo seu quarto, reconhecendo as silhuetas do seu quarto. Mesmo com a pouca luz que entrava na janela. Era noite e ele sentia que não conseguiria voltar a dormir. A insônia fez companhia pra ele durante toda a noite. O grito que ouvira mais cedo foi a sua mãe, que escutou os gemidos do seu filho e o livro do pesadelo.

***

Katsuo agora vestia uma camisa sem mangas branca e uma calça negra e folgada. As luvas calçadas e o antebraço envolvido por bandagens. Não estava com os óculos. Abaixo dos seus olhos haviam se formado duas manchas roxas devido à falta de sono.

Havia conversado com o seu avô mais cedo sobre o sonho, ele falou de uma possível ligação mental com o Toru, só não conseguia explicar o porquê dele estar matando vários homens – se é que aquele era realmente o Toru. Era uma alternativa a ser considerada.

O jovem Sarutobi havia ido para o seu campo de treino. Ele não costumava ir até lá, ou não havia ido nos últimos tempos. Sentou-se sobre a grama um tempo, sentindo o peso dos olhos e o cansaço aparente dos músculos.

Hadoumaru havia dito pra ele correr até cansar, exercícios físicos eram o melhor exercício pra insônia. Aproveitando-se do fato de estar cansado estendeu as pernas a frente do corpo, alongando de uma única vez as pernas e as costas. Levantou-se e sacudiu os braços freneticamente até sentir uma leve ardência nos músculos. Então começou uma marcha cadenciada enquanto pensava no sonho que tivera aquela noite. Se aquele fosse realmente o seu pai, estava ferido e precisava de ajuda. Mas, porque aquela sede de sangue? O que havia tirado da sua tradicional calma e riso fácil? Sacudiu a cabeça, desejando que aquilo não fosse de fato real. Ele e seu pai eram ligados, mas, a ponto de compartilhar pensamentos?

Acelerou a marcha.

Seus pés alcançando intervalos maiores enquanto ele sentia sua velocidade aumentar. Ele não era muito rápido, embora soubesse que a velocidade era extremamente necessária para alguém que lutava como ele.

Acelerou novamente.

O sono o fazia ter certa incerteza sobre os seus passos, eventuais buracos que não existiam de fato apareciam diante de seus olhos, o obrigando a desviar dos obstáculos imaginários e perder velocidade durante a corrida. As manchas pretas ocupavam espaço diante de seus olhos com mais frequência do que no começo, e depois de quase uma hora de corrida seguida ele viu-se obrigado a parar. Deitou-se sobre a grama, cansado.

Dormiu.

Acordou algumas muitas horas depois, não sonhou. Mas, sentia-se revigorado. Correu novamente por mais um tempo e depois rumou pra sua casa. Ele sentia que teria uma noite livre de pesadelos.


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description|Campo de Treino | Sarutobi Setsu Katsuo EmptyRe: |Campo de Treino | Sarutobi Setsu Katsuo

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Habilidade com Armas +10
Konoha Shoufuu +55% ( Por que diabos seu primo topou ficar ali apanhando ? haha Aprender o Endan não vale  o coice no saco e tudo mais.)
Habilidade passiva com Senbons +35%
Velocidade +3

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