Espionagem - Rank C - Saturobi Katsuo

[Auto-Narrada]

O hokage te convoca em sua sala e lhe informa sobre o relato da formação de milícias no país do arroz próximos a antiga vila do som, sua missão é simples, ir até lá e comprovar se os boatos são verdadeiros ou falsos, existe um contato de Konoha dentre os refugiados, seu nome é Ryonmaru, lembrando sempre de estar despercebido.

UM POUCO SOBRE O FIM

E quando a única tentativa é avançar mesmo a fuga sendo algo necessário?

Katsuo tentava permanecer impassível, a sua cabeça estava parada – assim como o resto de todo o seu corpo – o peito subia e descia vagarosamente e a respiração escapava de sua boca em um tempo regular, pequenas nuvens de fumaça escapavam em arcos cinza, como uma bomba de fumaça ninja que se espalha lentamente. A chuva era uma constante, assim como o frio.
Havia chovido forte naquele vilarejo nos últimos três dias, as poças se espalhavam por todo o lugar. Algumas pequenas habitações haviam caído e os moradores rezavam. Fazia três dias desde que ele havia chegado lá e encontrado o Ryonmaru. Três dias de investigação, tentando não chamar a atenção e então aquilo... Um jovem escondido sobre a sombra escura de uma árvore à noite, usando uma aparência que não era a sua e com algumas cartas – e com cartas quero dizer agulhas – dentro da manga. O esforço para manter o henge e continuar parecia quase que colossal com toda aquela distração de ser tocado por milhões de gotas ao mesmo tempo.
O barulho alto irá ocultar qualquer erro que eu cometa, pensou o ninja no instante em que curvava ainda mais o corpo e caminhava em direção ao único (ou ele pensava assim) guarda da pequena fortaleza de madeira que fora erguida ali. Ele estava calmo e decidido, precisaria tirar o seu colega dali. O espaço era enorme, um grande casarão no velho estilo Japão Feudal, com as janelas reforçadas com uma dupla camada de madeira. Passar por lá seria um desafio. Uma pequena torre de vigília habitava cada um dos cantos, mas, elas pareciam estranhamente vazias mais cedo quando o Katsuo as investigara. O escuro e a pouca iluminação, aliado com a chuva faziam com que a visibilidade fosse quase nula. Katsuo contou com a sorte de ter uma pequena luneta de bronze pra auxiliá-lo a ver o guarda quando ainda estava distante. Quando viu a cabeça do guarda mover-se e parar na sua direção ficou parado, o seu coração acelerou e o ritmo constante da respiração já não era mais o mesmo. Ele obrigou-se a parar de respirar, e ficou novamente sem mover nenhum dos músculos.
Nós só vemos o que esperamos ver, eles não esperam um resgate. Ou mesmo cogitam uma invasão. Ele não vai me ver porque não quer me ver. O Sarutobi não havia melhorado suas habilidades físicas no tempo que passara parado, mas, a sua mente estava bem mais limpa. Ele sentia que podia pensar com uma clareza que jamais havia tido, agradeceu quando o guarda olhou para o outro lado e então pegou um embrulho de papel que estava depositado sobre algo que de longe o gennin não conseguira identificar. Curvou-se ainda mais, apoiando-se sobre os cotovelos no chão.
Foram trinta segundos, mas, pareceu uma eternidade. O homem – por sorte – bebia para se aquecer do frio quando Katsuo se levantou lentamente e surgiu atrás dele tirando da manga uma senbon, fechou os olhos enquanto colocava a mão sobre a boca para impedir um grito e enfiava o objeto longo e fino de metal na traqueia do homem. Sentindo-o cair sobre os seus pés e suas mãos sendo lavadas pelo sangue quente que agora se misturava a lama ainda molhada. Impediu a queda do homem num baque surdo e o deitou no chão. Os olhos do homem ainda estavam abertos, o jovem o olhou com um sentimento que parecia com pena.
Não importa se ele matou, roubou e se até mesmo violou mulheres... Tirar a vida sempre é algo terrível. Apoiou-se sobre o joelho, fechou os olhos do homem e colocou a garrafa de saquê ao seu lado. Então entrou pela porta da frente da casa do inimigo.



PAUSADA

To be continued...